Folha de S.Paulo

Met planeja nova ala dedicada à arte moderna

O Met (Metropolitan Museum of Art), em Nova York, planeja reconstruir a ala de arte moderna e contemporânea --provavelmente a partir do zero-- e criar novas galerias para a coleção referente a esses períodos.

É a primeira avaliação da configuração do museu em 40 anos. A construção da nova ala sinaliza que o Met está reconhecendo suas deficiências na área de arte moderna e contemporânea e intensificando seu compromisso com ela para que se torne realmente enciclopédica.

"Parecia o momento lógico para dar um passo para trás e pensar nas necessidades do museu nos próximos 30 anos", disse Thomas P. Campbell, diretor do Met. "Agora, é a vez de a ala moderna ser aperfeiçoada."

A mudança acontece num momento em que o mundo dos museus se tornou mais competitivo e outros museus estão subindo o nível --principalmente o MoMA, de arte moderna, que recentemente anunciou uma grande renovação, e o Whitney Museum of American Art, que em breve se mudará para um prédio novo descolado no centro da cidade.

Mesmo assim, a reforma tem seus riscos: há quem argumente que o museu devia se concentrar em seus pontos fortes, deixando os estilos moderno e contemporâneo para outros institutos.

Mas o Met tem ventos a seu favor. Recentemente, o filantropo e magnata dos cosméticos Leonard A. Lauder doou ao museu 79 pinturas, desenhos e esculturas cubistas.

Campbell diz que a pretensão é ter concluído todas as reformas até 2020, quando o Met fará 150 anos. Na ocasião, ele espera que as comemorações aconteçam com outras mudanças já realizadas, como a expansão do jardim do telhado e a construção de uma nova entrada para o museu, a partir do Central Park. O prédio atual "de certa forma dá as costas para o parque," diz o diretor.

O orçamento das obras ainda não foi divulgado, mas projetos dessa escala custam, geralmente, centenas de milhares de dólares.