Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Turismo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vou de carona

Sites e aplicativos que conectam turista a 'usuário-motorista' ganham força no Brasil; serviço, que lista opções mais baratas de viagem, incomoda taxistas e empresas de ônibus

LUISA BELCHIOR MOSKOVICS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MADRI

Uma rede social sobre quatro rodas. Assim o francês Vincent Rosso, cofundador de um site europeu, classifica o serviço de compartilhamento de carona on-line que vem redefinindo a maneira de os turistas viajarem, tornando o deslocamento mais barato e, por tabela, criando novas amizades.

Funciona assim: o viajante se cadastra no site e busca um trajeto, por exemplo, entre São Paulo e Rio de Janeiro; o site lista as pessoas que oferecem caronas entre as cidades, informando as da-tas e os valores cobrados por cada "usuário-motorista". Se quiser dar uma carona, você terá de cadastrar a viagem que fará de carro e aguardar alguém querer ir com você.

O serviço vem incomodando empresas de ônibus e trens e taxistas, que falam em "concorrência desleal" e, por isso, já entraram na Justiça contra sites e aplicativos do tipo.

Na semana passada, o protesto de taxistas em capitais da Europa e no Rio chamou a atenção do mundo. Em Londres, 12 mil táxis pararam o centro da capital inglesa.

O alvo dos taxistas era especificamente o Uber, plataforma que oferece caronas instantâneas dentro de uma cidade. A empresa, americana, se apoia na alegação de que não quer concorrer com táxis, mas complementá-los com um modelo de consumo colaborativo.

A ideia do "ride sharing", um dos nomes do serviço, não é nova, mas foi reeditada com a crise econômica na Europa, que afetou sobretudo os jovens --maioria entre os usuários dessas plataformas.

Os primeiros serviços de viagem compartilhada surgiram nos Estados Unidos e na Alemanha do pós-Segunda Guerra Mundial, época de escassez de carros e dinheiro. Acabou esquecida pela industrialização e bonança em ambos os países, mas, em 2008, viu na crise econômica uma chance de reedição.

No Brasil, o compartilhamento de carona ainda é uma prática tímida, mas que vem crescendo. Por enquanto, já funcionam plataformas como Uber, Ziznu, Caronas Brasil e Carona Segura. Em duas semanas, deve ser lançado o Caron, criado por dois paulistas.

"Observamos o mercado europeu e decidimos fazer no Brasil", diz Helder Santos, um dos criadores do Caron. "O país é muito grande e tem muita gente viajando aqui."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página