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Turismo

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Depoimento

Sensação de dormir no mar compensou banho gelado

Natureza e clima de 'todo mundo se ajuda' fazem acampar valer a pena

DA EDITORA-ASSISTENTE DE "COMIDA" E "TURISMO"

São 2h20. Apenas um tecido me separa do lado de fora, onde está 13°C. Coloco a mão no chão. A areia está gelada. No saco de dormir, estou com um casaco de moletom, uma calça de lycra e duas meias. Visto uma segunda calça. Fecho o saco, sobre o isolante térmico. Acordo às 9h40.

Para a minha primeira noite acampando --fui incumbida pelo jornal a tal--, fui à praia de Santiago, em São Sebastião (a 191 km da capital).

Cheguei lá no último sábado, às 11h30. Comecei a montar a barraca e logo senti o clima de um camping. Vendo minhas trapalhadas, um campista ofereceu ajuda. Respondi que tentaria montar sozinha, para saber o quão difícil seria.

Passei tanta dificuldade que, 40 minutos depois, acabei aceitando a "forcinha".

A fome começou a bater. Teria que pegar um ônibus até Maresias. Mas, sorte! Meus vizinhos campistas me chamaram para o churrasco. Papo vai, hora do banho. Água quente? Para quê? Fazia 20°C e do chuveiro só saíam gotas frias. Geladas. Vamos lá, tenho que passar por um pequeno perrengue na primeira vez.

Voltei a falar com os vizinhos. Foi quando mais uma vez senti o clima do local. Meus vizinhos ofereceram sopa e uísque a um outro campista. O moço aceitou uma dose. Voltou com pão e papo. Fui vendo o que é acampar. Gente com interesses em comum (em busca de uma noite na natureza, por exemplo) que se ajuda, sem esperar nada.

Sem poder tomar a cerveja que me ofereciam (regime), às 20h30 fui para a barraca.

Quando acordei com frio, pensei: "O que estou fazendo aqui?". O barulho do mar, tão perto, me embalou. Ao abrir a barraca, um dia lindo. Estendo a canga. Quero acampar de novo. (Luisa Alcantara e Silva)


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