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1º dia

Cenário urbano fica para trás e entro no mato

DO ENVIADO À GALILEIA

A trilha começou às 7h em um hotel na cidade antiga de Nazaré. Os vendedores ainda dormiam, e as ruas estreitas eram flanqueadas pelas grades de ferro que cobriam as entradas das lojas. A caminhada seguiu por 460 longos degraus até o topo da montanha, de onde se via a paisagem. Destinos distantes. Mas o ponto final, Cafarnaum, não estava à vista.

O cenário urbano logo ficou para trás. A estrada desceu a ribanceira, cruzou uma rodovia e me jogou no mato. Às 9h, cheguei às ruínas de Séforis, possível berço de Ana, avó de Jesus Cristo.

Dali, o caminho era logo coberto pelas árvores de uma floresta de coníferas. Por ali passava, na Antiguidade, um importante aqueduto romano. Passei também. Às 11h30, estava em Mash'had, terra do profeta Jonas --aquele que, diz o texto bíblico, foi engolido por um grande peixe.

Começava, ali, um longo trecho de casebres árabes. Um vale adiante, visitei Caná, onde a Bíblia relata a transformação da água em vinho --para mim, em vez de um milagre, ali foi lugar do calvário do Sol e da fome.

Na saída de Caná, já diante de uma trilha de terra, encontrei minha própria revelação: um pequeno camaleão de olhos esbugalhados que consegui segurar nas mãos. Pensei em levá-lo comigo. Ocorreu-me que seria ilegal. Nós nos despedimos ali.

O primeiro dia acabou cedo. Às 15h, visitando a comunidade israelense de Ilaniya, já não tinha forças. Hospedei-me em uma fazenda de cabras e dormi à tarde, em uma cabana coberta por ramos de um pé de maracujá. (DB)


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