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Massada une história e belas paisagens

Fortificação sobre platô serviu de refúgio para judeus que resistiam aos romanos e preferiram a morte à captura

Ida a sítio arqueológico, a mais de 400 metros do chão, revela vista do Mar Morto e da região desértica do entorno

DA ENVIADA A ISRAEL

A mais de 400 metros de altura, a paisagem desértica do Mar Morto impressiona. Além das formações rochosas imponentes, é possível avistar a Jordânia, do outro lado do grande lago salgado.

Mais próximas, ruínas de acampamentos romanos denunciam onde estamos: Massada, forte construído sobre um platô rochoso isolado, local em que 960 judeus escolheram perder a vida, no ano 73 (em algumas fontes, 74), para escapar do jugo dos romanos -um símbolo de resistência da cultura judaica.

No local havia um forte ancestral. Depois, o complexo de Massada foi construído e fortificado na década de 30 antes de Cristo pelo rei Herodes -sim, aquele que teria promovido uma matança de crianças por causa do nascimento de Jesus-, que ali ergueu palácios e outras estruturas para o caso de revoltas.

A intrincada arquitetura da fortificação explica uma das primeiras dúvidas de quem escuta a história do cerco de Massada: como tanta gente conseguiu passar anos em um local tão isolado?

O caso é que o complexo construído por Herodes contava com um engenhoso sistema de cisternas que acumulavam água da chuva, um arsenal e depósitos de alimentos -que foram encontrados cheios pelos judeus que derrotaram a legião romana que estava no lugar e tomaram o forte, em 66. Após a destruição do segundo templo, em 70, outros judeus vieram se refugiar no local.

Quando os romanos finalmente conseguiram subir à fortificação, o grupo decidiu que era melhor morrer que enfrentar a captura e a escravidão. Como o judaísmo condena o suicídio, dez homens foram escolhidos em sorteio para matar os restantes. Depois, um homem foi escolhido para matar os outros nove e então cometer suicídio.

SUBIDA

Massada tem um moderno centro de visitantes, em que os turistas assistem a um filme curto sobre a história local e sobem de teleférico até o topo do platô (61 shekels pela ida e volta, ou R$ 34).

Identificado em 1842, o local foi extensivamente escavado e explorado por arqueólogos nos anos 1960 e teve algumas paredes reconstruídas -linhas negras demarcam o que foi erguido sobre as ruínas originais- para dar uma ideia melhor do complexo original.

O resultado é que é possível imaginar com algum detalhe a grandiosidade dos palácios e das estruturas erguidas ali. Há, por exemplo, um pedaço de mosaico que cobria o chão de um ambiente. Em outro local, um trecho na parede mostra as cores com que ela era decorada.

Caso planeje visitar Massada sem a companhia de um guia, vale ler antes sobre o local e levar um mapa do sítio arqueológico, que é grande e um tanto intrincado, embora bem sinalizado.

Chapéu, óculos de sol e protetor solar são itens essenciais. E a câmera, claro -a beleza da vista dos arredores é tanta que é difícil tirar os olhos.

Na saída do complexo de visitantes há um centro de alimentação e uma grande loja com produtos do Mar Morto, dos afamados cosméticos a sal gourmet, além dos inevitáveis suvenires turísticos.

Em geral, os preços são -com o perdão do trocadilho- salgados. Mas é difícil sair sem pelo menos um sabonete para experimentar as tão alardeadas propriedades do Mar Morto.


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