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Palermo perde espaço para Barracas e Villa Crespo
Com bons restaurantes, bairros atraem a atenção antes voltada para Palermo
Villa Crespo reúne ateliês de arte e hotéis-butique; escritórios de arquitetura migraram para ruas de Barracas
Por muitos anos reinando como o bairro da moda para restaurantes e lojas, Palermo tem perdido espaço.
Um dos novos preferidos é Villa Crespo, no centro, com seus ateliês de arte, outlets, hotéis-butique e bed & breakfasts frequentados por estrangeiros e lojas de roupas.
O outro é Barracas, ao sul da cidade, revitalizado por iniciativa da prefeitura, mas também pela migração, para este bairro, de escritórios de arquitetura, restaurantes e festas mais alternativas.
Barracas, cujo nome vem das barracas em que se armazenavam couro e carne no século 18, foi um bairro frequentado por Jorge Luis Borges, caiu num longo esquecimento e hoje é redescoberto por artistas e jovens.
Para quem gosta de arte, aliás, o Museu Fortabat, em Puerto Madero, iniciado a partir da coleção pessoal da milionária Amalia de Fortabat, está reformado e com novos espaços de exposição.
A coleção tem clássicos da pintura histórica latino-americana (Juan Manuel Blanes, Pedro Figari), além de grandes nomes internacionais, como Rodin, Picasso e Klimt.
O edifício reformado possui um amplo café, de onde é possível observar o vaivém de quem passeia à beira d'água.
Perto dali, ainda em Puerto Madero, vale visitar o Museu Faena, adaptado num edifício que foi um antigo armazém do porto de Buenos Aires e que hoje abriga mostras de arte contemporânea.
MÚSICA
A principal novidade da agenda musical de Buenos Aires é a abertura da Usina del Arte, um velho edifício no bairro da Boca, cuja acústica foi elogiada pela crítica. Ali apresentam-se solistas, quartetos e pequenas orquestras.
Para quem gosta de música erudita, o teatro Colón, reaberto em 2010, no centro da cidade, é a principal opção.
