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Acredite, é fácil ficar longe da carne em Buenos Aires

Além de charmosos, os restaurantes vegetarianos portenhos costumam ter ao lado uma loja de pães

Existem mais opções vegetarianas para jantar em Buenos Aires, terra do churrasco, do que em São Paulo

SILVANA ARANTES ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES

Prepare-se para uma revelação. É mais fácil ser vegetariano em Buenos Aires, a capital mundial do churrasco, do que em São Paulo, a megalópole identificada como o lugar onde se pode encontrar "qualquer coisa a qualquer hora do dia e da noite".

Quem sair em busca de opções vegetarianas para jantar em São Paulo, por exemplo, descobrirá rapidamente que a frase feita não encontra perfeita tradução na realidade.

Já na capital argentina, uma ampla e boa oferta de restaurantes vegetarianos sedimentou-se nos últimos anos, permitindo que haja alternativas variadas para almoço e jantar, nos sete dias da semana.

Melhor: a maioria das casas é charmosa e se esmera em produzir cardápios inventivos, com pratos que dão um "olé" no estereótipo da sensaboria que a culinária vegetariana "conquistou".

Exemplos: a profusão de cores, texturas e sabores da cozinha indiana é sintetizada pelo Krishna, em Palermo, no thali, um dos carros-chefe de seu menu, que consiste numa degustação de especialidades agridoces.

No que pode soar como uma desvantagem para o turista, o Krishna não oferece bebida alcoólica, mas é exceção nesse aspecto.

O Spring, um chinês vegetariano que adota o sistema self-service -chamado aqui de "tenedor libre" (garfo livre)- não tem álcool no cardápio, mas permite que o cliente leve seu vinho.

Já o Buenos Aires Verde, além de um saborosíssimo cardápio, oferece carta de vinhos orgânicos a preços acessíveis tanto para a garrafa quanto para as taças (25 pesos, cerca de R$ 10).

No minúsculo Arevalito, a cozinha é aberta e pode-se assistir ao chef preparando os pratos ou às suas assistentes embalando pães e bolos.

É um traço comum aos vegetarianos daqui a convivência do salão com pequenas lojas de pães, chás, sacolas "verdes" de supermercado e até algo de literatura voltada à gastronomia ou à ioga.

Além dos autênticos restaurantes vegetarianos, encontra-se também uma boa porção de "simpatizantes". São casas como o Artemisia ou o Efimero Festín, um exemplar da "cozinha de autor", no caso, autora (Carolina Lavecchia).

Nesses locais, a maior parte do cardápio prescinde da carne, mas há opções que a incluem (sobretudo peixe ou frango), permitindo que vegetarianos e onívoros possam se reunir em torno da mesma mesa, sem que a dieta que abraçam seja um empecilho à amizade. Que assim seja!


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