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Renovado, QQ será produzido no Brasil

Compacto da Chery mudou bastante por dentro e por fora; fabricante desenvolve motor 1.0 flex com três cilindros

Calibrada ao gosto dos chineses, suspensão do carro testado era macia demais; marca promete outro ajuste no nacional

FELIPE NÓBREGA ENVIADO ESPECIAL A WUHU (CHINA)

O Chery passa por sua primeira remodelação em dez anos de existência. Mas não espere um comportamento dinâmico muito diferente do modelo anterior, pois a antiga plataforma foi mantida para não encarecer o projeto.

A Folha foi a Wuhu, cidade natal do novo QQ, para conhecer mais sobre o modelo que chega ao Brasil no início do próximo ano. Os primeiros lotes virão da China, mas, a partir de 2015, o compacto será produzido na fábrica que a Chery constrói em Jacareí (a 84 km de São Paulo).

Uma volta ao redor do carrinho de 3,55 m (30 cm menor que um Ford Ka) é o suficiente para notar que todas as peças do exterior foram redesenhadas. A frente ficou mais "fofinha", pois os ressaltos sobre os faróis auxiliares parecem bochechas.

Na lateral, o modelo incorporou vincos ascendentes nas portas que dão a impressão de movimento, enquanto as rodas aro 14 proporcionam harmonia ao conjunto.

A traseira ganha sofisticação e um toque de Toyota Aygo, compacto japonês que tem boa aceitação no mercado europeu.

PARA QUATRO

A tampa do porta-malas de vidro, com lanternas agigantadas no alto, caíram bem no QQ. Logo abaixo, uma moldura preta disfarça o enorme para-choque e ajuda a esconder o bocal do escapamento.

Na cabine para quatro ocupantes, o painel acanhado do velho QQ foi substituído por um quadro de instrumentos com números grandes e legíveis. No centro, um mostrador digital informa a velocidade, a quilometragem percorrida e as horas.

Em movimento, o QQ ainda deixa a desejar. A suspensão permite que o carro aderne muito nas curvas, o que passa certa insegurança em manobras que exigem mudanças bruscas de trajetória. A Chery diz que o consumidor chinês prefere automóveis extremamente macios, mas que a versão brasileira será mais firme.

No teste feito em uma pista improvisada nos arredores da fábrica da Chery, o novo motor 1.0 de três cilindros e cerca de 71 cv pareceu esperto. A montadora já trabalha no desenvolvimento de uma versão flex desse propulsor.

A caixa de marchas está melhor do que a utilizada na versão vendida atualmente no Brasil. Entretanto, há um detalhe da arquitetura antiga do QQ que ainda incomoda: não é fácil encontrar a melhor posição ao volante, pois as regulagens do banco do motorista e da coluna de direção são limitadas.

Em contrapartida, o QQ oferece uma vasta lista de equipamentos, como ar-condicionado, direção hidráulica e sensor de estacionamento, além de airbags e freios ABS de série.

No Salão de Xangai, o QQ exposto trazia também GPS. "Esse será o próximo diferencial dos carros chineses em relação aos populares nacionais", revelou à Folha o CEO da Chery no Brasil, Luís Curi, que prevê aumento no preço do subcompacto, atualmente anunciado por R$ 23.990.


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