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Racional, Etios encara sofisticação do 208

Hatch compacto da Peugeot oferece equipamentos e desenho equilibrado, mas Toyota tem motor mais eficiente

Enquanto japoneses investem no segmento de entrada, marca francesa tenta recuperar prestígio

EDUARDO SODRÉ EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

Peugeot e Toyota passam por um momento curioso no Brasil. Enquanto a empresa de origem francesa luta para resgatar sua imagem de marca sofisticada com o novo 208, os japoneses tentam mostrar que o Etios não é tão simplório quanto parece.

Os carros passaram pelo teste Folha-Mauá nas versões que mais se aproximam em preço. Esses compactos têm em comum o bom espaço interno, mas suas propostas são bastante diferentes.

Após um começo difícil no mercado, com vendas bem abaixo do esperado, o compacto Toyota começou a reagir por meio de grandes promoções na rede de concessionárias. A marca fez também mudanças na cabine, parte mais criticada do hatch.

O novo interior caiu bem, mas não apaga a impressão de que o desenvolvimento do Etios foi feito na calculadora.

Os plásticos das versões mais caras agora são pintados de preto, tom que também predomina na forração dos bancos. Bem cuidado, o volante revestido de couro da versão XLS poderia estar em um Corolla.

O problema é que ao lado do Toyota estava o 208 com seu painel posicionado acima do volante. A Peugeot caprichou mais na arquitetura e ainda instalou uma central multimídia com tela sensível ao toque no centro do painel. Além de incorporar o GPS, o aparelho exibe informações do computador de bordo e tem conexão via bluetooth.

Nada disso está disponível no Etios XLS, cujo som limita-se a oferecer entrada USB. A Toyota também poupou alguns reais nos retrovisores externos, que têm acionamento manual mesmo no modelo mais caro da linha.

A Toyota só não economizou na parte mecânica. O motor 1.5 16v flex e a caixa manual de cinco marchas caíram muito bem no compacto, que foi superior ao 208 na maioria das medições de desempenho e de consumo.

Com 91 quilos a mais que o rival e motor menos atual, o modelo Peugeot apresenta desempenho na média do segmento. O câmbio também não é dos melhores, com engates um tanto "gelatinosos". A alavanca do Etios é justa.

MOTOR OU COMODIDADE

Na soma dos fatores, chega-se à conclusão que o produto ideal teria o conjunto motriz desenvolvido pela Toyota instalado na carroceria Peugeot. Mas como isso não é possível, cabe ao consumidor escolher entre desempenho e comodidades.

Mesmo assim, ambas as versões testadas parecem caras demais para o que oferecem, mas o 208 Allure (R$ 46.290) justifica melhor seu preço. Itens como o teto de vidro e o sistema de som moderno elevam o Peugeot a um patamar superior, atraindo a atenção de compradores de modelos médios.

Para valer os R$ 42.490 sugeridos pela Toyota, o Etios XLS deveria ter mais itens de série. Hoje, a versão mais equilibrada é a X 1.3 (90 cv), que custa a partir de R$ 32.790.


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