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Z800 oferece desempenho elogiável a alto preço
"Naked" japonesa montada em Manaus custa a partir de R$ 36 mil
A embreagem a cabo não é das mais pesadas, mas o banco é duro, comparável ao de uma esportiva
As motos da linha Z da Kawasaki fazem sucesso desde o início dos anos 1970. São modelos de alto desempenho e condução amigável, como deve ser uma boa "naked" --esportiva sem carenagem e amansada.
A Z800, opção mais atual da família, foi testada pela reportagem da Folha em trechos rodoviários e urbanos.
O design é rebuscado e pode parecer muito "high-tech" para alguns, mas faz jus ao seu desempenho.
O motor refrigerado a água gera 113 cv e 8,5 kgfm de torque (a 8.500 rotações por minuto). Essa "naked" é comportada em baixos giros e feroz quando se acelera forte.
Com seis marchas curtas e precisas, a embreagem a cabo não é das mais pesadas. Já o banco é duro, comparável ao de uma esportiva. Não é, portanto, a melhor opção para viagens longas.
Com quadro de aço reforçado e 229 quilos, a Z800 é pesada em curvas e manobras. Tentou-se atenuar isso com um guidão largo, mas que esterça o mínimo. Ao menos a posição de pilotagem não é tão avançada para a frente. O tanque de 17,5 litros é alto, em formato de vulcão.
PREÇO ALTO
O preço do novo modelo, que é montado em Manaus, assusta: R$ 36 mil, cerca de R$ 3.000 a mais que a antecessora Z750. É uma das opções mais caras de seu segmento -- a Honda CB 600 F, por exemplo, custa R$ 31.990.
Para tentar justificar o aumento, a Z800 traz painel completo, com tela tipo LCD, e escapamento bem desenhado, com duas saídas em uma única peça. A traseira tem lanterna formada por duas letras Z, com LEDs.
Os freios têm pronta resposta e ficam ainda melhores quando combinados ao sistema ABS, que evita o travamento das rodas e ajuda a manter o controle em situações de emergência. Porém, esse item é opcional e custa R$ 3.000.
A nova Z não quer ser sinônimo de conforto, e, sim, de prazer ao pilotar. É adequada para (rápidas) escapadas de fim de semana e incursões urbanas sazonais.
