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Montadoras usam impressora 3D para fazer peças de carro
DE SÃO PAULOAs impressoras 3D estão agilizando o processo de criação de carros conceituais, "imprimindo" em algumas horas componentes de plástico que levariam semanas para serem confeccionados em autopeças.
A Ford, por exemplo, comemora a produção de 500 mil peças utilizando essa tecnologia. O desenvolvimento da cobertura do motor da futura geração do Mustang é um dos casos mais recentes.
Segundo a marca, usando os métodos tradicionais, um engenheiro criaria o modelo computacional de um coletor de admissão --a parte mais complicada de um motor-- e teria de esperar aproximadamente quatro meses pela produção de um protótipo, ao custo de US$ 500 mil (quase R$ 1,2 milhão). Com a impressão 3D, a mesma peça é feita em cerca de quatro dias, por US$ 3 mil (cerca de R$ 7.100).
FINAS CAMADAS
A impressão 3D trabalha comumente com a superposição de finas camadas de plástico, juntando-as para criar a peça tridimensional. Partes da versão conceito do Chevrolet Malibu 2014 foram feitas seguindo esse método.
A maior contribuição do equipamento para a indústria é que ele elimina a necessidade de ferramentas especiais ou moldes específicos para partes que poderiam ser modificadas no decorrer da concepção do projeto.
A tecnologia também permite aos engenheiros experimentar desenhos mais radicais para partes da cabine ou da carroceria.
EM MASSA
Entretanto, montar carros em grande volume utilizando a tecnologia ainda não é possível.
"Atualmente, a impressão 3D não é veloz o suficiente para ser utilizada na produção em massa", avalia Harold Sears, especialista técnico de manufatura da Ford nos Estados Unidos.
O próximo passo prevê a "impressão" de componentes em metal.
"A velocidade dessas tecnologias vem crescendo e a variedade de materiais também, o que nos leva a acreditar que a impressão 3D representará uma grande oportunidade para a manufatura em geral", diz Sears.
