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Para americano
Salão de Detroit direciona foco para o mercado dos EUA, mas também mostra novidades que chegarão ao Brasil
Um túnel com paredes de lona branca liga o pavilhão onde ocorre o Salão de Detroit ao ginásio do Red Wings, time de hóquei da cidade.
O estádio funciona como uma extensão do estande da Ford, fabricante que tenta monopolizar as atenções no evento mais "ianque" dos últimos anos.
A indústria automotiva dos Estados Unidos vive um novo momento de euforia, com vendas em alta e aumento das exportações. Por isso, a mostra de Detroit, que está aberta ao publico até o próximo domingo, reúne muitos produtos direcionados para o mercado interno. As novas gerações de picapes grandes e o Mustang 2015 são os melhores exemplos.
O esportivo da Ford é exibido em versões cupê e conversível, com motores V6 e V8. A nova frente remete ao sedã Fusion, mas a traseira mantém o estilo da primeira versão, lançada em 1965.
Com sua boa fama entre os norte-americanos, o Mustang teria tudo para ser o "clássico moderno" do salão. Mas havia um Porsche no meio do caminho.
DEBAIXO DO PANO
Quando o pano que cobria o 911 Targa foi retirado, o arco central prateado virou o assunto dos jornalistas presentes. Após décadas, o modelo alemão retornava ao desenho original dos anos 1960.
Em seu discurso de apresentação, Matthias Müller, presidente-executivo da fabricante alemã, lembrou que o nome dessa versão vem da corrida Targa Florio, competição automotiva realizada nas estradas estreitas e cheias de curvas da Sicília (Itália) entre 1906 e 1975. Com 11 títulos, a Porsche é a maior campeã dessa prova.
A homenagem às vitórias virou sinônimo de carro esportivo com teto de abertura parcial. No caso do 911, o acionamento da capota central feita de lona agora é eletrônico --os movimentos robóticos chamam mais a atenção que o som dos motores boxer de até 400 cv.
Os novos Porsche e Mustang serão vendidos no Brasil. O Targa chega no fim do ano, e o esportivo Ford virá oficialmente em 2015. Outras estrelas de Detroit já tem presença confirmada no mercado nacional, como o novo Mercedes Classe C.
