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Iguais, mas diferentes

Apesar do estilo conservador, Golf 1.4 manual mostra comportamento mais esportivo que Bravo T-Jet

FELIPE NÓBREGA DE SÃO PAULO

"Vocês vão comparar um carro esportivo com um modelo normal'?", indaga o segurança curioso que observa os dois hatches médios saindo do prédio da Folha para a sessão de fotos.

Talvez o modelo esportivo a que ele se refere seja o Bravo T-Jet (versão topo de linha da gama), enfeitada com largos adesivos, pinças do freios pintadas de vermelho e imponentes rodas aro 17.

Contudo, no dia anterior, foi a discreta versão de entrada do Golf que acabou dando uma aula de dinâmica na pista de testes.

Tanto o modelo da Fiat como o da VW são equipados com motor 1.4 turbo a gasolina e câmbio manual de seis marchas. O preço também é parecido: cerca de R$ 70 mil.

SOPA DE LETRINHAS

Construído sobre um novo conceito de plataforma modular (que otimiza o desenvolvimento), a sétima geração do Golf chegou ao Brasil no último trimestre do ano passado, poucos meses após o lançamento na Europa.

Por ser o carro-chefe de vendas da marca no mundo, traz um recheio de siglas que sintetizam as tecnologias mais recentes oferecidas pelo grupo alemão, como o EDS (bloqueio eletrônico do diferencial), o ACC (controle de cruzeiro que pode frear o carro sozinho) e o Pro Active (em situações potenciais de capotamento, por exemplo, os cintos dianteiros são pré-tensionados e as janelas laterais sobem automaticamente).

Nem tudo é de série. Completo, com sistema que estaciona o carro de forma autônoma, navegador e bancos de couro com ajustes elétricos, o VW passa dos R$ 100 mil.

Mas o melhor do Golf é a simbiose dele com o motorista. Logo encontra-se uma boa posição para guiar, e os comandos ficam em posição bem intuitiva.

A suspensão firme (sem ser exageradamente dura) ajuda a manter o Volks "colado" no chão mesmo em curvas feitas com mais ímpeto. Até parece que se está a bordo de um legítimo hatch esportivo.

A engenharia levou a questão tão a sério que deixou o pedal de embreagem demasiadamente pesado para o uso urbano intenso.

Diferentemente do que sugere o visual, o Bravo é mais dócil. Uma tecla no painel deixa a direção elétrica extremamente leve em manobras, enquanto outro botão faz o torque (força) pular de 21 para 23 kgfm.

Só assim o Fiat (152 cv) traz a desenvoltura do novo Golf (140 cv), ao menos nas retas. No teste de aceleração, o turbo fez a diferença, e a dupla andou como um bom 2.0 de família: 0 a 100 km/h em 9s.

O consumo também surpreendeu. Mais moderno, o Golf chegou a percorrer 18,1 km com um litro de gasolina na estrada --média de compacto 1.0.

Afinal, seu' segurança, muitas vezes as aparências enganam.


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