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Rota alternativa

Terceiro modelo "de família" da Porsche, utilitário esportivo Macan anda (quase) tão bem quanto os cupês da marca, mas vai cobrar caro por isso

FELIPE NÓBREGA ENVIADO A LEIPZIG (ALEMANHA)

Assim que as primeiras unidades do Macan saíram da linha de montagem em Leipzig (Alemanha), o grupo de jornalistas que assistia ao "parto" tecia comentários de todos os tipos.

Os puristas não se conformavam com o fato de a Porsche lançar outro carro "família" --antes vieram o Cayenne e o Panamera. Agora é a vez de um SUV com porte similar ao do Range Rover Evoque (a partir de R$ 179,5 mil).

A maioria dos presentes, porém, estava mais preocupada em pegar logo a senha para guiar o carro, rotulado de o "mais esportivo entre os SUVs urbanos".

Esse segmento é um dos que mais crescem no mundo: 185% de 2007 para cá, e com perspectiva de chegar ao patamar de 1,8 milhão de unidades até a próxima década.

"Para serem rentáveis, marcas premium precisam também de escala de produção. Não dá para viver só de cupês superesportivos", justifica Matthias Müller, presidente mundial da Porsche.

O plano inicial é que o SUV aumente em 30% as vendas da empresa, sem destronar o "irmão maior" Cayenne, que teve 84 mil unidades emplacadas ao redor do mundo em 2013 --a metade de toda a produção da marca.

NERVOSO

Antes de levar o Macan para a pista, uma volta ao redor do novo modelo revela que não há economia no acabamento nem na lista de equipamentos de segurança e conforto. Até o teto da cabine é revestido de couro, e há duas opções de motorização V6, ambas biturbo.

Um ponto negativo é o espaço para as pernas dos passageiros traseiros, que sofrem com o túnel da tração integral na área central. Já o motorista não terá do que reclamar. Seu banco pode contar com ventilação interna e comandos elétricos para ajustar até as dimensões do assento.

O volante é bastante vertical, e o painel, repleto de botões, permite configurar os parâmetros do chassi e do conjunto motriz, como no 911.

Apesar dos 400 cv (o Evoque tem 240 cv), a versão topo de linha do Macan é relativamente silenciosa. Com os vidros fechados, mal se escuta o câmbio de dupla embreagem (sete marchas) trabalhar.

Graças a amortecedores eletrônicos e controles de estabilidade, esse Porsche faz curvas rápidas sem quase inclinar a carroceria. Nem parece que se está a bordo de um automóvel de teto alto.

Tudo isso tem um custo. No Brasil, onde o Porsche Macan promete chegar repleto de opcionais desde a configuração de entrada (340 cv), a expectativa é que o preço comece em R$ 350 mil.

Achou caro? Os europeus também tomaram um susto com os valores sugeridos por lá. Mas uma configuração mais "acessível", com motor de quatro cilindros (2.0 turbo) e menos recheio, está a caminho. Deve estrear na China ainda este ano.


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