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Manter carro de categoria superior pode custar até 50% a mais por ano

Cálculo leva em consideração gastos mecânicos, impostos, combustível e seguro contra roubo

Por não considerar as despesas extras, muitos acabam se apertando, principalmente os que financiaram o bem

FELIPE NÓBREGA DE SÃO PAULO

O mercado automotivo brasileiro ficou mais "top" nos últimos dez anos. Parte dos consumidores está migrando para carros maiores, mais caros e sofisticados, o que é reflexo do aumento do poder aquisitivo da população.

Ao saltar para um automóvel de segmento imediatamente superior, o motorista logo sente a diferença no nível de conforto --e também no custo extra de manutenção e utilização do veículo.

"Muitos motoristas não calculam o gasto fixo adicional que terá com impostos, revisões, seguro e combustível. Esses acabam surpreendidos, principalmente aqueles que já comprometeram boa parte da renda com o financiamento", observa Michel Calil Matuck, consultor de vendas de uma concessionária Chevrolet da capital.

Para mensurar esses valores, a Folha simulou o escalonamento entre quatro importantes segmentos: populares, médios, sedãs executivos e importados premium.

Enquanto o dono de um hatch 1.0 irá desembolsar cerca de R$ 6.100 por ano para percorrer 10 mil quilômetros, o de um utilitário esportivo 1.6 terá despesa 50% maior --aproximadamente R$ 9.150.

Essa conta não leva em consideração custos com estacionamento, lavagem ou desvalorização do veículo no período (em média, de 15% do valor de compra no primeiro ano de uso).

Já manter um importado premium pode sair quase R$ 500 mais caro por mês do que um sedã executivo convencional (veja os valores acima).

Segundo Koh Yuean, gerente de pós-venda de uma oficina Toyota, os custos das revisões programadas de modelos nacionais mais sofisticados caíram bastante, para estimular o consumidor a migrar para esses veículos. Mesmo assim, a revisão de 40 mil quilômetros de um sedã médio como o Corolla (1.8) sai por R$ 794, quase o dobro do cobrado pelo mesmo serviço no compacto Etios (1.3).

PERDAS E GANHOS

Para a comerciante Márcia Pedrão, que pulou de um hatch "pequeno e pelado" para um sedã Cobalt (1.4) completo, o investimento vale a pena quando é planejado. "Tive ganhos de segurança e potência", explica.

Quem roda além dos 10 mil quilômetros por ano terá gastos ainda maiores, impulsionados, entre outros itens, pelo consumo de combustível.

Por exemplo, a minivan Fiat Idea 1.6 percorre 10 km com um litro de gasolina, ante 7,5 km/l da Citroën Grand C4 Picasso 2.0, mostra o teste Folha-Mauá.

Outra conta que costuma variar bastante é a da cobertura contra roubo e acidentes, informa a HDI Seguros, pois o fator de cálculo está relacionado ao perfil e à região em que mora o contratante.

O ideal é fazer um levantamento detalhado dos principais gastos antes da compra para não ter surpresas, aconselham especialistas.


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