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Novo motor 1.0 da Ford poderá equipar carros médios

Versão de 85 cv do propulsor de três cilindros estreia na 3ª geração do Ka e poderá render 125 cv com turbo

RODRIGO LARA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após Kia, Hyundai e VW apresentarem seus motores 1.0 de três cilindros (um a menos que o tradicional), chegou a vez de a Ford apostar nessa tecnologia, pensada para reduzir as emissões e o consumo de combustível.

A montadora apresentou o motor que estará a bordo do novo Ka. A terceira geração do compacto deverá ser lançada na metade do ano, após a Copa do Mundo, para substituir o Fiesta Rocam (de carroceria antiga).

SEM TURBO

O novo propulsor 1.0 é derivado da família EcoBoost utilizada na Europa, porém a versão nacional não contará com recursos sofisticados (e caros) como injeção direta e turbo --ao menos em um primeiro momento.

A Ford deixa claro que, dependendo da demanda, poderá incluí-los para que tenham mais potência e possam equipar também versões de entrada de modelos maiores, entre eles o EcoSport e o Focus, que deverá passar por mudanças na linha 2016 (as mesmas adotadas recentemente na Europa).

No Ka, a configuração mais simples do 1.0 de três cilindros renderá 85 cv com etanol e 80 cv com gasolina. São números superiores ao então líder de potência da categoria, o EA 211 (82 cv), da VW.

REFINAMENTO

Além das providências para evitar excesso de vibração --algo típico dos três cilindros--, a Ford adotou soluções técnicas modernas em seu novo motor, como o cabeçote forjado em alumínio, material mais leve que o ferro, que reveste o bloco.

Outras novidades são os comandos de admissão e de escape variáveis eletronicamente, recurso que não existia nos "mil" anteriores da marca.

O sistema otimiza o consumo de combustível no modo normal e deixa o carro mais arisco quando o acelerador é todo pressionado.

De acordo com gráficos de desempenho exibidos pela Ford, aproximadamente 90% do torque (força) já está disponível aos 2.000 rpm, o que tende a ser uma boa característica para o uso urbano.

Além disso, há o sistema de arrefecimento em dois estágios, o que ajuda o propulsor a atingir a temperatura de trabalho ideal mais rapidamente. Isso também ajuda a diminuir emissões e o consumo, já que a fase fria tende a acabar mais cedo. A Ford ainda não divulgou números oficiais nesse quesito, limitando-se a afirmar que o Inmetro avaliará o motor em maio.

Completando o pacote de tecnologias, o motor tem o coletor de escape integrado, com a correia posicionada no interior do conjunto. Nessa posição, ela é banhada a óleo o que, segundo a montadora, aumenta sua durabilidade.

INVESTIMENTO

Esse propulsor será feito em uma nova fábrica erguida pela Ford em Camaçari, na Bahia. A construção do complexo, somada aos custos de desenvolvimento do motor em si, consumiram R$ 400 milhões, segundo a empresa.

Em pleno funcionamento, a planta terá capacidade para fabricar até 210 mil motores ao ano. O volume é superior ao montante de Ka e de Ka Sedan 1.0 que a Ford espera produzir na região no período. Mais um sinal de que o bloco poderá equipar outros modelos da marca.


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