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DENIS CISMA denis@cisma.com.br

O Pontiac transparente

Feito especialmente para o Salão de NY de 1939, o carro tentava propagar o acrílico como um material resistente

O universo automotivo é tão diverso quanto a fauna marinha do planeta.

Não estou falando das aletas "rabo-de-peixe" dos Cadillac dos anos 50 ou das "guelras" do nosso Puma tubarão. Nem do nome de alguns carros --Corvette Stingray (arraia, em inglês), Renault Dauphine (golfinho), Plymouth Barracuda (tipo de peixe carnívoro).

A comparação é em número de espécies mesmo, pois sempre existirá um peixe ou um carro que você nunca viu.

A coluna desta semana é sobre uma criatura abissal, esquisitíssima. Conhecido como o carro-fantasma, o Pontiac 1939 Plexiglas Deluxe Six "Ghost Car" foi o primeiro automóvel transparente dos Estados Unidos.

Feito especialmente para o Salão de Nova York daquele ano, o veículo foi exposto no pavilhão da General Motors junto com outros conceitos que prenunciavam o futuro (no caso, os anos 1960) em uma exposição chamada Futurama.

A GM, em colaboração com a Rohm & Haas, uma companhia química que introduziu o acrílico no mercado americano com o nome comercial de Plexiglas, montou uma réplica exata da carroceria do Pontiac de quatro portas para mostrar a resistência e a transparência do novo material, além, é claro, de deixar à mostra a engenharia desenvolvida pela montadora.

Partes estruturais foram cromadas ou receberam banho de cobre, já o motor, o radiador e outras peças mecânicas foram pintadas de branco. Todas as borrachas, incluindo a que envolviam as rodas, eram brancas também.

O resultado é um carro que até hoje rouba a atenção onde quer que esteja. Prova disso é que, em julho de 2011, ele foi vendido em leilão por aproximadamente R$ 700 mil. Valor de um veículo histórico, bem conservado e que havia rodado menos de 140 quilômetros.

No Brasil, existe algo bem mais em conta: o Gurgel Motomachine (1991) com portas de acrílico transparente. Se você tiver a sorte de "pescar" um, pagará por volta de R$ 35 mil pelo carro.


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