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BMW S 1000R exagera em potência e preço
Com controles eletrônicos de suspensão e de freios, motocicleta de origem alemã chega ao Brasil por R$ 67,9 mil
Motor de 160 cv coloca modelo entre os mais potentes do segmento, ao lado de MV Agusta Brutale
Até pouco tempo atrás, as motos naked (sem carenagem) de alta cilindrada eram consideradas versões mais comportadas das esportivas, seja em ergonomia, potência ou assistência eletrônica.
Esse panorama começa a mudar com a BMW S 1000R. O modelo de 160 cv de potência chega em busca de donos de esportivas cansados de sentir dores devido à posição de pilotagem mais curvada, típica das motos de pista. A produção é limitada, e apenas 290 unidades virão para o Brasil neste ano.
TECNOLÓGICA
O preço sugerido condiz com seu desempenho e tecnologia. A moto de origem alemã é equipada com suspensão eletrônica, freios ABS e controles de estabilidades e de tração. Todo esse aparato e também o chassi e as suspensões derivam da S 1000 RR HP4, o modelo esportivo topo de linha da marca.
Com quadro de alumínio e peso de 207 quilos, a naked BMW oferece modos de condução ajustáveis. Para rodar sem problemas em um terreno acidentado, basta selecionar as opções "Soft" e "Rain". A aceleração será controlada, enquanto a potência ficará limitada em 137 cv.
Em pistas bem asfaltadas, o ideal é optar pelo modo "Hard", que enrijece a suspensão, e colocar o motor em "Dynamic", que libera a força máxima.
A ergonomia da moto agrada, com mesa e guidão mais recuados, além de pedaleiras que permitem boa acomodação das pernas. As manoplas oferecem aquecimento próprio, mas o banco poderia ser mais macio.
Com amortecedor de direção, a BMW é eficiente em curvas e desvios rápidos. Por usar cabeçote e comandos de válvulas mais "mansos", o motor de quatro cilindros perdeu 34 cv em relação à RR carenada. Para compensar, há bastante torque disponível, o que propicia retomadas ágeis.
A transmissão traz um sistema de trocas rápidas ao subir marchas: basta acionar o pedal, sem tocar no manete de embreagem.
O design assimétrico segue o padrão da marca, desde os faróis até as carenagens. Há diferenças de acordo com o lado, seja para desviar o ar quente do piloto ou garantir a refrigeração do motor. A rabeta tem lanterna com lente pontiaguda e LEDs, assim como os pisca-alertas.
Coberto por uma moldura compacta, o painel é completo e combina com os comandos de pilotagem intuitivos, nos punhos do guidão. Um mostrador luminoso indica o momento correto para trocar as marchas.
Entretanto, o preço sugerido deve ser o maior obstáculo no mercado, considerando o valor cobrado por suas três principais concorrentes. A Triumph Speed Triple (133 cv) sai por R$ 42,9 mil, enquanto a Ducati Streetfighter 848 (132 cv) e a MV Agusta Brutale 1090RR ABS (158 cv) custam, respectivamente, R$ 52,9 mil e R$ 64 mil.