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Farol alto

Marchionne, o dono da bola

Dizem que os americanos aprenderam a admirá-lo, e eles têm bons motivos para isso

O andar da diretoria da Chrysler, no topo do prédio mais imponente de Alburn Hills, Michigan, está vazio. Por ordem de Sergio Marchionne, presidente-executivo do grupo, os diretores migraram para o piso da engenharia.

O italiano achou que a turma que dita os rumos da empresa precisava conhecer melhor o que era produzido. Ninguém questionou; é melhor respeitar o moço, que já havia afastado a Fiat da beira do abismo.

Histórias como essa são ouvidas em murmúrios ao pé do ouvido, proferidas por executivos nos corredores do Salão de Detroit ou em escritórios mundo afora. Marchionne já é legendário, e as histórias que o envolvem têm algo de folclore.

Workaholic, atormenta seus subordinados diretos com reuniões mensais em diferentes sedes, sempre em um fim de semana. Diretores do mundo inteiro vão até onde ele está, seja em Alburn Hills ou nos arredores da sede da Fiat, em Turim.

Dizem que os americanos aprenderam a admirá-lo. Eles têm bons motivos para isso: após diversos casamentos frustrados, a Chrysler parece ter encontrado um porto seguro sob os cuidados dos italianos.

Marchionne entendeu que os americanos tinham a oferecer algo que a Fiat sempre teve dificuldade em preparar: veículos grandes e motores idem para um mundo que consome tudo aos galões chamado Estados Unidos. As marcas Jeep e Dodge, por exemplo, careciam do carinho que os alemães da Daimler não puderam dar.

Os resultados vieram, mas estão sempre longe do suficiente para o presidente-executivo. As metas são elevadas.

Dizem que ele é impiedoso na hora de demitir seus mais altos executivos, embora seus suéteres escuros e o cabelo raramente penteado sugiram tratar-se de um publicitário pra lá de criativo.

Nada disso: Marchionne é cartesiano, prático. As coisas funcionam do jeito dele, o que é um grande avanço. Antes, não funcionavam.


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