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Teste Folha-Mauá
Cobalt e Linea passam pela pista de testes
Apesar de ser mais simples que o concorrente, versão automática do sedã Chevrolet trata melhor os ocupantes
Modelo da Fiat foi superior em todas as provas de desempenho e oferece um bom padrão de acabamento
As costuras claras sobre o couro preto chamam a atenção assim que a porta do Fiat Linea é aberta. O sedã chegou para o teste em traje de gala, mas isso não intimidou seu adversário.
Racional em forma e função, o Chevrolet Cobalt mostrou que teria chances por tratar melhor os passageiros. Não falta espaço para ombros e pernas no banco traseiro, que acomoda três adultos.
POMPOSO
O Linea tem revestimentos mais pomposos e foi melhor nas provas de desempenho e consumo. O sedã derivado do Punto nasceu para disputar mercado com Honda Civic e Toyota Corolla, mas não teve fôlego para tanto.
Foi preciso "descer do salto", mas ainda há muito a oferecer. A versão testada (Absolute, R$ 66.450) é equipada com rodas aro 17 e ar-condicionado digital.
O câmbio Dualogic passou por diversos ajustes finos desde a estreia do Linea, em 2009, mas não há como compará-lo às seis marchas automáticas do Cobalt. Ele também é superior em conectividade, pois traz a central MyLink na versão LTZ.
Os italianos já provaram que sabem fazer carros compactos para todos os públicos. O problema continua sendo os segmentos superiores. O Linea tornou-se um paliativo, que guarda lugar na fila para um futuro sedã desenvolvido em conjunto com a Chrysler.
A Chevrolet renovou seu portfólio e projetou alguns carros de dentro para fora. O Cobalt não será lembrado pelo desenho, mas a cabine é uma das melhores disponíveis em sua faixa de preço-- a versão mais em conta custa R$ 44,5 mil. Além disso, é um modelo mais suave e silencioso que o rival, pontos positivos que garantiram a vitória nesse confronto.
