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Minicaminhão da chinesa Lifan tenta abocanhar fatia da Kombi

Fabricado no Uruguai, Foison custa até R$ 38 mil, mas tem desconto para empresas e frotistas

Direção é agradável, mas acabamento, espaço da cabine e montagem são problemáticos

JOSIAS SILVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Kombi saiu de linha no fim de 2013 e não deixou um substituto definido. Várias marcas tentam abocanhar o mercado do utilitário que reinou por quase seis décadas no Brasil e que ainda vendia 30 mil unidades por ano.

A proposta da chinesa Lifan para beliscar uma fatia do "pão de forma" da Volks vem sob a forma de um minitruck, o Foison.

Com motor 1.3 16 válvulas de 85 cv (a 6.000 rpm) instalado embaixo dos bancos dos dois ocupantes, o Foison leva até 800 kg na caçamba metálica. Custa R$ 35 mil (básico) ou R$ 38 mil com ar-condicionado e direção com assistência elétrica. Há descontos para empresas e frotistas (de 7% a 12,5%).

O Foison vem com os obrigatórios ABS e airbags, exatamente os equipamentos cuja falta tiraram a Kombi de produção. Também traz de série rádio AM/FM e painel com mostradores digitais.

A meta da Lifan é vender inicialmente de 200 a 250 unidades ao mês. Montado no Uruguai, tem isenção de impostos de importação graças aos acordos do Mercosul.

Um baú de alumínio, que custa cerca de R$ 5.000, aumenta a carga útil.

A reportagem rodou cem quilômetros com o minitruck, carregado com cargas variadas, inclusive como o máximo de 800 kg na caçamba.

O motorzinho se mostrou bem-disposto, apesar do torque baixo (de 11,3 kgfm entre 3.000 e 5.000 rpm), e manteve velocidade em torno de 100 km/h na estrada. Segundo a Effa, seu consumo varia de 9 a 10 km/litro com gasolina --o motor não é flex.

PROBLEMAS

Alguns pontos mereciam maior cuidado. A posição para dirigir tem os limites da pequena cabine, inclusive para os pés. As grandes caixas de roda, assim projetadas para ampliar o esterço, invadem o pequeno assoalho da cabine.

A posição para dirigir é praticamente fixa, já que os encostos são fixos, obrigando os ocupantes a manter as costas bem eretas.

Acabamento e montagem são críticos, com ruído e calor do motor invadindo a cabine pela portinhola embaixo do banco do motorista, que dá acesso à mecânica para manutenção.

Em um dos quatro Foison testados, o volante de direção estava desalinhado, denunciando falta de cuidado na montagem --uma das junções do painel com a coluna do para-brisa caiu durante o test drive. Plásticos da cabine têm acabamento razoável.

Mesmo assim, é agradável de dirigir, com dimensões (4,58 m de comprimento e 1,61 m de largura) que facilitam o deslocamento em áreas urbanas congestionadas.

Ele se coloca numa posição intermediária entre o Kia Bongo (para 1.500 kg de carga, diesel, por mais de R$ 60 mil) e o Hafei Towner (com motor 1.0, a partir de R$ 30 mil), que só poderá voltar a ser comercializado quando tiver airbags e ABS.


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