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Espaço e visual são atrativos de 'jipinhos'

Lançamento do EcoSport, há 11 anos, abriu caminho para o sucesso de mercado dos SUVs compactos no Brasil

Modelo da Ford reinou quase sem concorrência até 2011, mas agora é seguido de perto pelo Renault Duster

RODRIGO LARA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O lançamento do Ford EcoSport, em 2003, deu início a um segmento que hoje está em alta não só no Brasil como em todo o mundo: os SUVs compactos.

O sucesso dessas espécies de jipinhos está na conjunção de espaço interno, praticidade e estilo, prioridade para um consumidor que abre mão da dirigibilidade mais refinada de sedãs e hatches médios e de recursos para o fora de estrada.

A cada ano, novas marcas entram no jogo com produtos globais. Muitos SUVs (sigla em inglês para "sport utility vehicle") compactos já são fabricados no país, e futuros modelos têm produção confirmada, como Peugeot 2008 (baseado no 208) e Renault Captur (derivado do Clio).

PRECURSOR E LÍDER

A primeira geração do EcoSport, baseada no antigo Fiesta e que durou até 2012, agradou de cara: no primeiro ano, foram quase 30 mil unidades emplacadas.

Enquanto conquistava pela posição de dirigir mais alta, também colecionou queixas. Entre as mais frequentes, a qualidade do acabamento interno e a estabilidade.

Quem acompanhou de perto a evolução do modelo foi Elisangela Carla Gonçalves Trassi, 40, que tem dois exemplares na garagem, um 2011 e um 2014.

"Quando comprei o primeiro, em 2008, foi um sonho de consumo. Gostei do carro, atendeu às minhas necessidades e nunca tive problemas. Por isso continuei comprando", diz a gerente imobiliária.

Em sua segunda geração, o modelo apresenta bom espaço interno e uma suspensão capaz de encarar bem buracos e lombadas.

Contudo, se o silêncio a bordo e o desenho evoluíram consideravelmente, ainda há problemas na construção: são comuns vãos exagerados e desalinhamento entre as peças da carroceria.

A proprietária só tem duas reclamações: "Acho seguro e revisões caros".

O DESAFIANTE

O EcoSport viveu um período praticamente sem concorrentes até 2011, quando o Renault Duster chegou. O principal fator de diferenciação entre ambos é o porte.

Enquanto o Ford tenta ser moderno, o Renault não esconde seu visual bruto. E isso chamou a atenção de Erica Spadrizani, 28, dona de um modelo da versão Dynamique 1.6, ano 2014.

"Ele é grande e muito espaçoso, ótimo para quem tem a família grande", resume a enfermeira.

O preço mais acessível que o dos rivais à época também foi um diferencial para a decisão da compradora.

Hoje, o Duster começa em R$ 54.250, ante os R$ 58.990 do jipinho da Ford.

A crítica de Erica vai para a simplicidade do interior.

NOVATO CARO

Fabricado no México, o Chevrolet Tracker (vindo da plataforma global do Sonic, do Cobalt e do Onix) chega ao Brasil via importação e apenas na versão mais cara, LTZ.

E é justamente o valor do carro a maior reclamação de Alan Lewkowicz, proprietário de um Tracker LTZ 2014.

"Mesmo com um bom design externo e um interior confortável, acredito que o preço deveria ser menor."

Equipado com o mesmo motor do Cruze (1.8, 144 cv), o modelo anda bem, enquanto a suavidade do câmbio e a estabilidade também merecem elogios.

ESTRANHO NO NINHO

O Citroën Aircross é um monovolume com roupagem off-road, mas tem atributos que atraem o consumidor que busca um SUV compacto.

Seu principal trunfo é a farta lista de equipamentos. Esse é um dos fatores que fizeram a dona de casa Silvana Fontana, 49, adquirir o modelo da marca francesa.

"O design e o bom pacote de equipamentos pesaram na escolha. Ele parece ser um carro mais caro do que realmente é, chama a atenção."

A grande área envidraçada também ajuda e proporciona visibilidade melhor do que a dos rivais.

O motor 1.6 16V rende 122 cv, mas, com câmbio automático de só quatro marchas, gasta como se fosse mais potente: em ciclo majoritariamente urbano, fez médias abaixo dos 5 km/l com etanol.

Outro ponto que deixa a desejar é o acerto da suspensão, que sofre em piso irregular.

No mais, quem quiser um SUV compacto dentro da linha Peugeot-Citroën terá que esperar: a marca apresentou o CX-R na China e há chances de o modelo ser vendido no Brasil. Ou fazer como Silvana e esperar a chegada do 2008, em 2015.

"Não pretendo comprar outro Aircross, apesar de ter gostado do carro. Se for para ter outro aventureiro, devo esperar o Peugeot 2008."


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