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Graxa & batom

Cada vez mais mulheres são contaminadas pelo 'vírus da ferrugem' e aderem ao hobby de colecionar carros antigos; elas pilotam em ralis e até viram mecânicas

RODRIGO MORA DE SÃO PAULO

Um dos clientes mais fiéis de uma loja de carros antigos em Moema (zona sul de SP) enfrenta um ritual a cada clássico que incrementa sua coleção: sai direto dali para uma joalheria nos arredores.

Ao chegar em casa, presenteia a mulher com um colar ou um brinco de pérolas, como forma de "compensar" a compra de outro carro.

"Já perdi muita venda porque a mulher acha carro antigo um supérfluo que vai desviar dinheiro de uma reforma na casa ou de uma viagem", afirma Maurício Marx, proprietário da loja.

O caso descrito por Marx, no entanto, virou exceção.

Hoje, são raros os encontros de automóveis clássicos sem mulheres --casadas ou solteiras. Todas sorrindo, e não emburradas no banco do passageiro.

Grande parte do público feminino herdou do pai ou do marido o hobby do chamado antigomobilismo. Rose Salmon, 53, participa de ralis com o marido, que, segundo ela, incutiu-lhe o "vírus da ferrugem". Detalhe: ela dirige e ele é o copiloto.

Para a decoradora, a atração por antigos tem diversas facetas. "Desde que se respeitem a idade e as limitações do carro, é delicioso dirigir um antigo", diz. E isso vale tanto para o MG TD 1953 quanto para o Austin Healey 1960 e o Citroën DS 1973 da sua pequena coleção.

Nos ralis, Rose não sente preconceito por parte dos homens. "Recebo elogios deles pela coragem em pilotar, já que a maioria das mulheres só navega", diz.

A parte chata de ter um antigo? "Ficar à beira da estrada por causa de uma pane, o que pode acontecer. Mas não fico de mau humor. Faz parte."


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