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Peugeot 2008 nacional será mais 'pelado'

Utilitário urbano mostra boa dirigibilidade e acabamento esmerado, mas perderá mimos quando virar brasileiro

Futuro rival de EcoSport e Duster terá motores 1.5 e 1.6 e câmbio automático de quatro marchas

RODRIGO MORA ENVIADO ESPECIAL A PARIS

Principal estrela da Peugeot no Salão do Automóvel de São Paulo, o 2008 promete ser um dos personagens centrais do segmento de SUVs urbanos a partir do início de 2015, quando ganhará as ruas como produto nacional.

Isso porque o crossover faz parte de um segmento que subverte o bordão de uma antiga propaganda de refrigerante: "imagem não é nada, sede é tudo". Aqui, imagem é prioridade, enquanto a sede por mais espaço interno está em segundo plano.

Basta comparar a capacidade do porta-malas dos modelos mais emblemáticos do segmento --Ford EcoSport, Renault Duster e Chevrolet Tracker --com seus pares de plataforma: os SUVs carregam mais do que os hatches, porém menos do que os respectivos sedãs.

A Folha avaliou o 2008 por 1.700 km, dominados por estradas de asfalto impecável.

Além da conclusão de que o crossover francês reúne qualidades essenciais ante tropeços aceitáveis (como o sistema de entretenimento não muito intuitivo), fica a dúvida sobre o que estará disponível no brasileiro.

Uma fonte ligada à marca confirmou que a alavanca do freio de mão em formato de manche será mantida, enquanto os LEDs que contornam o painel ficarão de fora.

Outro supérfluo descartado --que contaria pontos num segmento que venera estilo-- são as ranhuras internas do teto, que acendem junto com as luzes do carro.

O que não tem como ser retirado do modelo a ser produzido no Brasil é o acabamento interno de encaixes e materiais dignos, o bom espaço na cabine (melhor na frente) e a agradável dirigibilidade.

O motor 1.6 de 120 cv é adequado às intenções do modelo, que propõe uma condução prazerosa, embora longe de ser esportiva.

O câmbio manual de cinco marchas facilitou a viagem. Seus engates são mais precisos e macios do que os do 208, embora igualmente longos.

Contra o 2008 há o fato de o modelo brasileiro chegar primeiramente com câmbio automático de quatro marchas, deixando a caixa Aisin de seis velocidades para um segundo momento.

É certo que o 2008 será sucesso de crítica, mas resta saber se agradará ao público. Estrear no Brasil quase na mesma época de Jeep Renegade, Renault Captur e Honda HR-V exigirá muito trabalho de marketing por parte da marca francesa.


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