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Presidente da GE critica a China por hostilidade a multinacionais
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FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
Em crítica inédita contra a China, o presidente-executivo da General Electric, Jeff Immelt, afirmou que as multinacionais instaladas no país recebem um tratamento cada vez mais hostil.
"Estou preocupado com a China", disse Immelt a empresários em Roma, ao acusar Pequim de aumentar o protecionismo. "Não estou seguro se, no final, eles querem que algum de nós vença ou seja bem-sucedido."
O executivo afirmou que a GE está enfrentando o pior ambiente de negócios dos últimos 25 anos na China, mas ressaltou que se trata de um mercado importante.
As declarações de Immelt, publicadas pelo jornal inglês "Financial Times", foram rapidamente minimizadas pela GE. Um porta-voz da empresa afirmou que Immelt falou durante um jantar privado e que suas posições não coincidem com as da empresa.
Tida como uma empresa com sucesso na China, a GE tem uma importante presença no país, com 13 mil funcionários e faturamento de US$ 5,3 bilhões em 2009.
Mesmo sem o respaldo da GE, o descontentamento de Immelt encontra eco em outras multinacionais instaladas na China, que reclamam de concorrência desleal com empresas chinesas na disputa pelo mercado interno.
Há um mês, o representante da Embraer na China, Guan Dongyuan, criticou os "enormes obstáculos" impostos pelo governo chinês para a venda de aviões.
A empresa mantém uma fábrica em Harbin desde 2003, mas não consegue autorização do governo chinês para diversificar a sua produção, atualmente limitada ao ERJ-145, para 50 passageiros.
A Embraer cogita até fechar a sua fábrica na China, onde sofre concorrência direta de uma estatal. Para evitar isso, o governo Lula vem negociando com Pequim melhores condições para a empresa, até agora sem sucesso.
O caso da Embraer não é isolado. Pesquisa da Câmara de Comércio da União Europeia na China, divulgada pelo "Financial Times", mostra que quase metade das empresas afiliadas espera maiores problemas regulatórios nos próximos dois anos.
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