Luta do México contra narcotráfico causa 91 mortes em quatro dias

A violência relacionada à luta do México contra o narcotráfico já deixou ao menos 91 mortes nos últimos quatro dias no país.

Nesta quarta-feira, os corpos de quatro policiais e um ex-agente que haviam sido sequestrados no início da semana foram encontrados hoje na cidade de Apodaca, no departamento de Nuevo León, com marcas de execução e mensagens de grupos narcotraficantes.

Os agentes -- três homens, duas mulheres e um dos corpos decapitado -- foram retirados à força de suas casas na madrugada de ontem.

Na última segunda-feira, 12 policiais federais foram assassinados durante uma emboscada supostamente realizada pelo cartel de drogas La Familia Michoacana, na cidade de Zitácuaro, no estado de Michoacán.

Além disso, outros confrontos nos departamentos de Tepic e Guerrero registraram ao menos 45 mortes.

Na penitenciária da cidade de Mazatlán, no estado de Sinaloa, 29 presos também faleceram em conflito com policiais.

Ontem, o presidente mexicano, Felipe Calderón, disse que a luta contra o crime organizado não é apenas de seu governo, "mas de todos" os cidadãos.

Desde o final de 2006, quando Calderón chegou ao poder e iniciou uma estratégia de caráter militar contra os grupos narcotraficantes, já ocorreram ao menos 23 mil mortes em decorrência dessa luta. Estima-se que pelo menos 2.000 vítimas eram civis.