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20/06/2010 - 08h02

Colômbia proíbe venda de bebidas alcoólicas e fecha fronteiras durante eleição

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DA EFE, EM BOGOTÁ

O governo colombiano reforçou neste domingo as medidas de segurança como a proibição da venda de bebidas alcoólicas (lei seca), a restrição da posse de armas e o fechamento das fronteiras terrestres durante as eleições Presidenciais do país.

O ministro do Interior e de Justiça, Fabio Valencia, assim como diversas autoridades eleitorais, assinalaram que essas medidas buscam garantir o desenvolvimento normal do pleito.

Quase 30 milhões de colombianos vão às urnas neste domingo para escolher o sucessor do presidente Álvaro Uribe, que foi reeleito e governou o país entre 2002 e 2010.

Tanto a lei seca como a posse de armas em mãos de particulares, inclusive com salvo-condutos, entraram em vigor no sábado às 20h (Brasília) e seguem até segunda-feira às 8h (Brasília).

O fechamento das fronteiras terrestres começou às 6h (Brasília) deste domingo e segue por 12 horas, até o encerramento das votações.

A Colômbia tem fronteiras terrestres com a Venezuela, Equador e Peru, embora também faça fronteira com o Brasil e o Panamá em territórios de selva.

Segurança

Valencia ressaltou que "tudo está coberto e não há hoje nenhum posto de votação que não tenha uma segurança direta ou de perímetro para que os cidadãos possam ter todas as garantias para exercer seu direito nas urnas".

O governo colocou um total de 72.725 urnas de votação na Colômbia para que os eleitores possam votar. Os colombianos que residem no exterior também poderão participar do pleito em 60 países.

A segurança das eleições será feita por 350 mil homens de todas as Forças Armadas e da polícia em praticamente todo o território.

Os colombianos devem escolher entre o ex-ministro da Defesa de Uribe, Juan Manuel Santos, do Partido Social de União Nacional e o filósofo, matemático e ex-prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, do Partido Verde.

Santos e Mockus chegam ao segundo turno depois de terem as mais altas votações na primeira fase da eleição, quando concorreram com outros sete candidatos. Quem ganhar agora governa até 2014.

Governista

O sucessor do presidente Álvaro Uribe deve ser seu herdeiro político, Juan Manuel Santos.

Aos 58 anos, por pouco o candidato não venceu no primeiro turno do dia 30 de maio, quando recebeu 46,6% dos votos, ao competir com outros candidatos.

Segundo a última pesquisa anterior ao segundo turno do instituto Invamer Gallup, Santos ganharia com 65,1% dos votos, contra 28% a serem dados a Mockus.

Juan Manuel Santos, que foi três vezes ministro (Comércio, Tesouro e Defesa) e se formou em Harvard, fez uma campanha profissional e organizada.

Prometeu proteger a herança do atual presidente, cuja taxa de popularidade segue rondando os 70% graças a sua política de firmeza contra a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), conseguindo afastá-la das cidades.

Além disso, como ministro da Defesa (2006-2009), Santos participou de momentos históricos para os colombianos, como o ataque contra um acampamento das Farc no Equador em março de 2009, no qual faleceu Raúl Reyes, número dois da guerrilha, ou o resgate de 15 reféns, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt, durante a "Operação Xeque", no dia 2 de julho de 2008.

Também se comprometeu a atender outras preocupações dos colombianos além da segurança, como o desemprego e o subemprego, problemas endêmicos deste país onde 46% da população vivem abaixo da linha da pobreza.

 

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