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Principal general dos EUA reduz expectativas sobre Afeganistão
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DA REUTERS, EM WASHINGTON
O general escolhido para assumir o comando das forças dos Estados Unidos e da Otan no Afeganistão preparou os parlamentares nesta terça-feira para uma escalada da violência naquele país, reduzindo as esperanças de uma rápida saída após nove anos de guerra.
A confirmação do general David Petraeus pelo Senado até o fim de semana parecia garantida. Ele foi indicado para liderar o esforço de guerra depois que o presidente Barack Obama exonerou o general Stanley McChrystal por depreciar líderes civis numa reportagem explosiva da revista Rolling Stone.
Petraeus prometeu maior união para combater o que chamou de "insurgência com força industrial" e afirmou que iria reavaliar as polêmicas regras que limitam o uso da força pelos soldados e aeronaves norte-americanas.
Uma das maiores estrelas das Forças Armadas dos Estados Unidos, Petraeus leva o crédito por ajudar a virar a página no Iraque. Obama conta com ele para fazer o mesmo com a guerra no Afeganistão, lançada em 2001 após os ataques de 11 de Setembro nos EUA por militantes da rede Al Qaeda.
Petraeus, no entanto, usou a audiência de confirmação desta terça-feira para baixar as expectativas, afirmando que o progresso era mais lento que o esperado no coração da insurgência do Taleban e que a tarefa de treinar as forças de segurança afegãs para que assumam o lugar dos soldados norte-americanos permanece um desafio monumental.
Mais intenso
"Minha percepção é de que os duros combates vão continuar. Na verdade, eles poderão se intensificar nos próximos meses", disse Petraeus ao Comitê de Serviços Armados do Senado.
O aumento no número de mortes entre os homens dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) provocou a redução do apoio da população norte-americana e da Europa à guerra. Petraeus reconheceu que existe a pressão do "relógio" político.
Atrás dele, na audiência, ativistas antiguerra seguravam cartazes onde se lia "Não à Guerra" e "General novo, túmulo antigo."
Petraeus chamou o Afeganistão de uma "disputa de poder" com o Taleban, que tem como objetivo enfraquecer a resolução do Ocidente de permanecer na guerra.
"Eles podem sentir a preocupação em diversas capitais pelo mundo e, claro, eles querem aumentar essa preocupação", afirmou o general.
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