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Peru não tem informações sobre jornalista presa por espionagem nos EUA
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O ministro de Defesa do Peru, Rafael Rey, disse nesta terça-feira desconhecer a situação da jornalista peruana Vicky Peláez. Peláez, colunista do jornal em espanhol "El Diário/La Prensa", está entre os 11 presos por suposta atuação ilegal nos EUA como agentes da inteligência russa.
"A única informação que tenho é a que saiu na imprensa. Tomara que não seja verdade e que se prove sua inocência", disse Rey aos jornalistas.
A mãe de Peláez, Angélica Ocampo, afirmou hoje que sua filha é inocente das acusações e disse que pretende viajar aos EUA. "Vou dar minha vida. Ficarei sem casa, mas vou contratar um advogado para defendê-la", disse ela.
Peláez e seu marido, o uruguaio Juan Lázaro, foram presos no domingo em sua casa em Yonkers, ao norte de Nova York, e compareceram nesta segunda-feira a um tribunal federal em Manhattan, segundo fontes da promotoria.
Ambos estão entre os presos nas últimas horas por realizar durante "um longo tempo" missões secretas nos EUA, atuando "de maneira ilegal" como agentes para a Rússia.
Acusações
Segundo documentos judiciais divulgados hoje, Peláez e Lázaro fizeram durante anos viagens a um país sul-americano nas quais "passavam mensagens secretas" aos oficiais do governo da Rússia, e recebiam dinheiro por seus serviços.
Esses documentos, que registram conversas entre o casal interceptadas pelas autoridades americanas, asseguram que ambos viajaram repetidamente ao mesmo país, onde "um representante do governo da Rússia entregava pacotes que continham dinheiro".
Conta, por exemplo, que em uma ocasião Peláez voltou aos EUA com oito sacolas com US$ 10 mil em cada uma, e afirma que há várias fotos de Lázaro com um representante do governo russo.
Peláez, que vive há quase 30 anos nos EUA e cuja família é de Machu Picchu, trabalha há mais de 20 anos para o "El Diário/La Prensa", onde foi repórter e editora da seção dedicada a América Latina. Também é conhecida por escrever uma coluna, com a qual ganhou fama de defensora dos líderes progressistas latino-americanos, principalmente o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e os líderes cubanos.
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