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Justiça colombiana ordena prisão de ex-membro do serviço secreto por morte de jornalista
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DA ANSA, EM BOGOTÁ
A Procuradoria da Colômbia emitiu uma ordem de detenção contra José Miguel Narváez, ex-subdiretor do Departamento Administrativo de Segurança (DAS, serviço secreto), por sua suposta participação no assassinato do jornalista e humorista Jaime Garzón.
Conhecido por suas paródias e imitações de dirigentes políticos na televisão, Garzón foi morto a tiros em 1999 enquanto dirigia seu carro.
Em declarações à imprensa, o procurador-geral da nação, Guillermo Mendoza, apontou que "a prova indica Narváez como mandante do homicídio, e isso é um grande avanço porque a investigação continua e não se pode descartar que possa haver mais implicados".
Atualmente, o ex-membro do DAS cumpre pena por outra acusação, relacionada à espionagem ilegal a jornalistas, magistrados, políticos de oposição e membros de organizações não-governamentais de direitos humanos.
Uma das principais testemunhas no caso de Garzón foi Iván Laverde Zapata, ex-chefe paramilitar, que declarou que Narváez teria sido o responsável por instigar o então chefe máximo da organização armada, Carlos Castaño, para que o crime fosse cometido.
Em 2004, Castaño foi condenado a 38 anos de prisão como autor intelectual do crime contra o humorista e, dois meses depois, foi assassinado pelo irmão, Vicente, que o substituiu na liderança dos ultradireitistas.
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