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EUA negam visto para jornalista colombiano selecionado para bolsa de estudos
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O jornalista investigativo colombiano Hollman Morris teve o visto para os Estados Unidos negado no dia 16 de junho, informa a revista "The Progressive". Ele cobre o conflito armado na Colômbia e recebeu o prêmio de defensor dos direitos humanos pela Human Rights Watch em 2007.
"Registros de visto são confidenciais", disse um porta-voz do Departamento de Estado americano, que não quis comentar o caso.
Morris foi selecionado pela Fundação Nieman, na Universidade de Harvard, para uma bolsa de estudos de um dos mais prestigiosos programas em jornalismo do mundo.
Mas o Centro de Política Internacional publicou documentos revelando uma "guerra política" contra Morris e outras pessoas consideradas oponentes do presidente Álvaro Uribe --eles foram vigiados pela inteligência colombiana e tiveram os telefones grampeados, informa o Centro Knight para Jornalismo nas Américas.
Segundo o site Colombia Reports, documentos da inteligência colombiana revelados em abril mostram planos de um "pedido de suspensão do visto" de Morris, e até mesmo ordens para que roubem o passaporte do jornalista e "sigam todos os seus movimentos", diz o centro.
"Ficamos surpresos com a decisão e estamos comprometidos a fazer tudo o que pudermos para trazer Hollman em agosto," disse Bob Giles, curador da Fundação Nieman.
Morris dirige o premiado programa de TV Contravía, que apresenta uma visão crítica do conflito armado na Colômbia, com foco nos direitos humanos, oferecendo uma abordagem praticamente ignorada pela imprensa tradicional do país, informa o Centro Knight.
Como consequência de seu trabalho, ele vem sofrendo ameaças de morte, assédios e agressões, além de acusações do próprio governo colombiano, como relata a ONG Human Rights Watch, uma das organizações que premiaram seu trabalho. As ameaças já forçaram Morris a deixar a Colômbia diversas vezes como medida de segurança.
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