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17/06/2010 - 13h45

Lula defende gratificação para moradores atuarem como "guardas" em reservas

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FÁBIO AMATO
DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira que o governo federal pague salário às pessoas que moram dentro das reservas ambientais do país. Em troca, disse Lula, esses moradores atuariam como "guardas", protegendo a floresta.

"Ao criar uma reserva, ao invés de a gente tentar tirar as pessoas que moram lá é pagar um salário para essas pessoas tomarem conta da reserva e serem o guarda da floresta. Alguma coisa desse tipo nós temos que fazer para fazer evoluir", disse Lula durante o anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar 2010/2011, em Brasília.

Lula afirmou que é "o presidente da República que mais fiz reserva no mundo", mas disse que apenas demarcá-las não é o suficiente. Para o presidente, ocupar estas áreas por meio de políticas de desenvolvimento sustentável pode evitar que elas sofram desmatamento ilegal.

"Eu também acho que nós não podemos apenas ficar fazendo a reserva. É preciso que a gente faça a reserva e a gente comece a discutir o que fazer dessa reserva para que as pessoas possam tirar proveito dessa reserva. De vez em quando a gente faz uma reserva e a gente é pego de surpresa com desmatamento e venda de madeira daquela reserva."

Para uma plateia de agricultores e representantes de entidades ligadas à defesa da agricultura familiar, o presidente criticou governos anteriores, que segundo ele não respeitavam os movimentos sociais.

"Parece que finalmente valeu a pena a gente conquistar a nossa independência em 1822", disse Lula, defendendo que durante o seu governo teve uma relação de "lealdade" com os movimentos sociais e pequenos produtores.

Lula também fez críticas à política de empréstimos dos bancos estatais de seus antecessores. Segundo ele, antes de seu governo os bancos públicos preferiam atender "um só, com charutão na boca", do que pessoas "com pés no chão", em referência aos pequenos agricultores.

O presidente também voltou a dizer que não vai abandonar a política após sair do governo. "Aqueles que pensam que vão se livrar de mim porque eu vou sair da presidência vão cair do cavalo."

 

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