Na década de 1980, Celso Garcia era um estudante de engenharia, no Rio Grande do Sul, que sonhava em ir para Alemanha, França ou Suíça fazer um estágio e complementar seus estudos. O problema é que o programa de intercâmbio da universidade era apenas para o curso de administração.
Foi quando trouxe ao Brasil a Iaeste, organização especializada no intercâmbio estudantil. Garcia, então, trocou a engenharia pela administração e, antes mesmo de se formar, já havia enviado mais de 150 colegas para o exterior —só o próprio Garcia não tinha saído do país.
Um dos colegas que viajara era Victor Hugo Baseggio. Juntos, em 1988, eles aproveitaram o aprendizado da faculdade com o sonho de viajar para outros países e fundaram a Central do Intercâmbio.
"Não lamento nada pelo fato de não ter feito intercâmbio", diz Garcia. Ele reconhece, porém, que sua trajetória é exceção. Segundo ele, estudos mostram que hoje ser fluente em uma segunda língua —como o inglês— significa um aumento no salário maior que o proporcionado por um MBA, por exemplo.
Em 2007, a empresa fundada por Celso Garcia virou apenas CI. Por ano, embarca mais de 70 mil pessoas, principalmente mulheres entre 18 e 35 anos. Os destinos favoritos dos paulistanos são Canadá, Estados Unidos e Reino Unido.
Um intercâmbio, por exemplo, de uma semana para estudar inglês em Toronto custa a partir de 766 dólares canadenses (cerca de R$ 1.900), sem aéreo e hospedagem em casa de família.
Com o crescimento da empresa, surgiram serviços segmentados, como uma divisão especializada em levar atletas e equipes esportivas para clínicas e competições. Para o futuro, há planos de abrir novas lojas no exterior, em locais como a Nova Zelândia.
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Toronto é o destino mais procurado.