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10 itens que deixam seu carro melhor e mais caro

Carro básico é coisa do passado. Entre os 20 modelos mais vendidos do Brasil no primeiro semestre, apenas 2 não eram equipados de fábrica com ar-condicionado, direção assistida e acionamento eletrônico dos vidros e das travas das portas.

Essas exceções são o Renault Kwid Life (R$ 32,5 mil) e o Fiat Mobi Easy (R$ 32,6 mil).

A mudança de comportamento do consumidor faz os modelos "pelados" serem difíceis de revender e muito depreciados. Além de melhorar a vida a bordo, equipamentos de conforto e segurança ajudam a preservar o valor.

A professora Aline Iozzi, 39, trocou seu Fiat Palio Fire 2009 básico, duas portas, por um Honda Fit LX 2018 automático. A melhor oferta que obteve pelo seu antigo carro foi de R$ 10 mil.

De nada adiantava o Fiat estar em bom estado de conservação: a falta de equipamentos limitava seu mercado.

Um Palio de mesmo ano, quilometragem e versão, mas completo e com quatro portas, poderia ser vendido para uma loja por R$ 14 mil, segundo cálculo da KBB, empresa especializada na precificação de carros novos e usados.

Dos dez itens que mais valorizam o automóvel, os de custo mais elevado são o teto solar panorâmico e o câmbio automático. Juntos, podem elevar o preço do veículo em até R$ 10 mil. A lista inclui ainda sistema de som que se conecta a smartphones e rodas de liga leve em vez de calotas.

Há também itens adicionais que melhoram o carro e podem ser instalados em oficinas independentes. Os mais procurados segundo lojistas ouvidos pela reportagem são bancos de couro (a partir de R$ 1.500) e câmera de ré (de 150 a R$ 500, com tela instalada no painel ou no retrovisor).

As montadoras começam a investir em acessórios instalados na fábrica. A FCA Fiat Chrysler têm áreas contíguas às linhas de montagem que se dedicam a instalar opcionais.

Segundo Guilherme Vasconcelos Ferreira, coordenador da área acessórios das marcas Fiat e Jeep, o cliente escolhe o que deseja adicionar no carro e já recebe o veículo com os equipamentos.

No site da Fiat, o pacote que inclui forração de couro e airbags laterais para um sedã Cronos 1.8 flex (R$ 57,5 mil) custa R$ 2.600.

Na Renault, a diferença de preço entre o Kwid básico e a versão equipada com ar-condicionado e direção elétrica é de R$ 5.000.

Para a professora Aline, o mais importante foi o ganho de segurança proporcionado pelo carro novo. "Nem imaginava que esse Fit tinha airbags laterais, mas fiquei animada ao saber. Tenho dois filhos e pouca experiência em estrada", diz a professora.

Além de tornar o veículo mais seguro, itens adicionais de proteção devem valorizar o bem no futuro.

Em dezembro, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) divulgou uma lista de exigências para homologação de novos carros que entrará em vigor gradativamente. Uma das propostas é a maior proteção ao ocupante em impactos de lado, o que fará os airbags laterais serem indispensáveis.

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