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01/07/2010 - 10h49

Passeios em Madri começam pelo centro histórico da cidade

CLAUDIA ANTUNES
DA ENVIADA A MADRI

A melhor opção de hospedagem para o turista em Madri é o coração do centro histórico, nas redondezas da Gran Vía ou, dependendo do orçamento, do Passeio do Prado.

São locais de onde se pode começar percursos a pé, cruzando as transversais mais estreitas e desembocando em algumas das inúmeras praças madrilenhas, entre elas a Mayor, quadrilátero cercado por edifícios de três andares e cujo formato está preservado desde meados do século 17.

Claudia Antunes/Folhapress
praça Mayor
Praça Mayor foi cenário de touradas, carnavais e execuções na Inquisição desde o século 15

Incontornável para quem começa a conhecer a capital espanhola, a praça é lotada de bares e cercada por pequenos comércios de quinquilharias para turistas. O acesso a ela é feito por nove portas, algumas precedidas de escadarias.

A algumas quadras, ficam alguns dos monumentos da época em que cruz e espada alargavam, unidas, as fronteiras do Império Espanhol. Entre eles o Mosteiro das Descalças Reais, convento de freiras clarissas do século 16, e o Palácio Real, construção de 270 anos que substituiu a original, destruída num incêndio.

A Espanha, como se sabe, ainda é uma monarquia, mas a família real não mora mais no palácio, usado para ocasiões solenes. O rei Juan Carlos vive em outro edifício histórico, menor, La Zarzuela, que fica nas imediações de Madri.

Ainda perto da praça Mayor, a Porta do Sol é outro local de concentração turística --as margens dos chafarizes viram bancos improvisados para o descanso. O largo é ligado à Gran Via por uma rua de comércio, a Preciados, com várias lojas de El Corte Inglés, a mais famosa rede de departamentos espanhola.

Na Gran Via, um pouco abaixo da praça Callao, está uma das maiores filiais da rede de livrarias Casa del Libro, três andares que são passagem obrigatória para os amantes da leitura e da língua de Cervantes.

Mas o centro madrilenho não é só vitrine do passado. Muitas áreas ganharam ares de modernidade devido à frequência de artistas, casais jovens e estudantes.

É o caso de Lavapiés, bairro que concentrava a população judaica da cidade até a expulsão dos "infiéis" judeus e muçulmanos pelos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela, em 1492 --mesmo ano da Descoberta da América.

Hoje cheio de imigrantes, numa mistura colorida de gente de origem africana, latino-americana e árabe, Lavapiés tem muitos bares e cafés, com mesas na calçada e música ao vivo. Na praça do bairro, nos fins de semana, artistas de rua atraem aglomerações.

Também os arredores da praça da Espanha, no início da Gran Vía, viraram ponto de vida noturna, com cinemas e bares. O preço do ingresso para os cinemas, 7,50 euros (R$ 18,15), equivale aos das salas de shopping brasileiras. Vale a pena vasculhar a programação de filmes europeus, latino-americanos e asiáticos que podem demorar (ou nunca chegar) a ser exibidos no Brasil.

Ainda no centro, a região do Passeio do Prado e sua paralela, a rua de Afonso, reúne alguns dos mais importantes museus e palácios históricos de Madri, além do Jardim Botânico.

Mas também vale a pena ir, de metrô, a atrações mais distantes, como o Museu de Ciências Naturais e a Praça de Touros --as corridas acontecem nos fins de semana, e é preciso comprar ingresso com antecedência.

Em frente ao Palácio Municipal de Esportes, que abriga exposições temporárias, a praça Felipe 2º é outro passeio agradável. Alameda de pedestres, pontilhada por grandes esculturas contemporâneas, a praça costuma ser palco de eventos artísticos gratuitos e há bares e restaurantes nas redondezas.

Em zonas mais residenciais também é possível encontrar ótimos bares de tapas (os petiscos espanhóis) e galerias de arte. É o caso da região próxima à estação de metrô Estrecho, nas imediações da avenida General Perón, e de Salamanca, onde há lojas de roupa de grifes espanholas.

O distrito de Chueca, com a praça de mesmo nome, virou um ponto de encontro de gays, lésbicas e simpatizantes, famoso pela agitação noturna.

Da estação de trem de Atocha, no sul madrilenho e perto do início do Passeio do Prado, toma-se a maioria dos trens para as cidades vizinhas --Toledo, Segóvia, Ávila. Prova de que Madri vale muito mais do que uma viagem.

 

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