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Alimentos de mentirinha saíram das brincadeiras infantis para o dia a dia

Para escapar de tantas pegadinhas, é preciso ler atentamente os rótulos

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Antigamente, alimentos de mentirinha eram aqueles que nós, então crianças, fingíamos cozinhar em panelinhas e fogões de plástico.

Hoje, são bebidas lácteas fermentadas; misturas lácteas condensadas de leite, soro de leite e amido; alimento à base de glucose de milho; queijo com soro de leite; composto lácteo com fibras. Não é proibido fabricá-los, obviamente, mas deveriam trazer nos rótulos indicações mais evidentes de que "parecem, mas não são".

Bebidas lácteas - Cristiane Gercina/Folhapress


São menos nutritivos e mais baratos que iogurtes, mel de abelhas, queijo, leite em pó. Há também requeijões que, bem, não são requeijões tradicionais, e sim uma mistura com queijos, gordura vegetal e amido. E os minichocolates em barra, cada vez com menos gramas. Antes, uma barra costumava ter 200 gramas, hoje, elas têm em média 90 gramas ou menos.

Barra de chocolate de 90 gramas - Reprodução

Para quem pretende levar uma vida mais saudável, por meio de exercícios físicos e alimentação, há outras armadilhas: pães integrais com altos teores de sódio e mais farinha branca do que não refinada. Barras de cereais com excesso de sódio e açúcar. Produtos dietéticos que substituem o açúcar por gorduras e sódio. Refrigerantes diet com substâncias químicas, como corantes, conservantes e adoçantes.

Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) desaconselhou o uso de adoçantes sem açúcar para perda de peso, porque aumentariam os riscos para doenças não transmissíveis –câncer, diabetes e cardiovasculares.

São indicados, portanto, somente para pessoas que não possam consumir açúcar devido a doenças como diabetes, mas sempre sob orientação médica.

Pote com açúcar - Wirestock/Freepik

Como escapar de tantas pegadinhas na alimentação? Não adianta, temos de ler atentamente os rótulos. Requeijões de verdade costumam alardear isso, incluindo no rótulo a palavra "tradicional". Alimentos com informações como à "base de", "bebidas lácteas", "misturas", "compostos" já indicam, no nome, que são bem diferentes dos originais.

No rótulo do pão dito integral, veja do que é feito. Deve ter mais farinhas integrais do que refinadas. E baixo teor de sódio, por favor. O ideal para reduzir o consumo de glicose é beber líquidos sem açúcar. Caso não consiga, use pouco, bem pouco açúcar.

Produtos processados devem ser evitados: conservas em salmoura, compotas de frutas, pães de farinha de trigo. De ultraprocessados, fuja: biscoitos, sorvetes, salgadinhos, achocolatados, refrigerantes, caldos e sopas industrializados etc.

A regra de ouro para uma alimentação saudável, segundo o "Guia Alimentar para a População Brasileira", do Ministério da Saúde, é ter uma dieta com alimentos in natura (sem processamento) e minimamente processados (verduras, legumes, frutas, arroz, milho na espiga, feijão, sucos de frutas sem açúcar, leite, iogurte, ovos, carnes, pescados, macarrão, chá, café e água).

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