Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
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O ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski autorizou o acesso da Controladoria-Geral da União (CGU) a dados obtidos pela Operação Spoofing, da Polícia Federal.
A CGU solicitou ao STF acesso às informações para apurar supostas práticas ilícitas de dois servidores no exercício de suas atribuições. Uma delas é a delegada da Polícia Federal Érika Malik Marena, que teria forjado depoimentos que não ocorreram.
Em diálogos hackeados e obtidos pela Operação Spoofing, procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba afirmaram que uma delegada da Polícia Federal lavrou o termo de depoimento de uma testemunha sem que ela tivesse sido ouvida.
"Como expõe a Erika: ela entendeu que era pedido nosso e lavrou termo de depoimento como se tivesse ouvido o cara, com escrivão e tudo, quando não ouviu nada... DPFs [delegado da polícia federal] são facilmente expostos a problemas administrativos", afirmou Deltan Dallagnol em uma conversa por mensagens com o procurador Orlando Martello Júnior.
O diálogo, do dia 26 de janeiro de 2016, foi enviado pela defesa do ex-presidente Lula ao STF (Supremo Tribunal Federal) em fevereiro. Autorizado pela Corte, a defesa do petista está analisando as mensagens interceptadas ilegalmente por um hacker que invadiu os telefones celulares de autoridades. O material foi recolhido pela Operação Spoofing, que investiga a invasão dos aparelhos, e disponibilizado para a defesa do ex-presidente.
A Lava Jato era integrada por uma delegada, Erika Marena, que trabalhou nela desde seus primórdios e de forma estreita com a equipe de procuradores.
Coordenadora das investigações, a policial chegou a ser apontada inclusive como responsável por batizar a operação. Não é possível, no entanto, saber se os diálogos se referem a ela.
Em 2018, Marena foi convidada por Sergio Moro para integrar a equipe dele no Ministério da Justiça. Depois da saída dele, acabou exonerada.
Marena também foi a delegada responsável pela operação que prendeu o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Cancellier, que se suicidou depois após ser acusado publicamente de corrupção na universidade.
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