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Correspondente da Folha na Ásia

Entre fotos do Brasil 'terrível', cobertura externa aponta 'culpado'

NYT dedica duas páginas às mortes e critica Jair Bolsonaro; artigo no WP estende responsabilidade aos generais

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Em página dupla (abaixo), o New York Times publica nesta terça (29) a reportagem fotográfica que havia destacado online dias atrás, agora com o título "No Brasil, um preço mais terrível a cada dia".

Acompanhando as fotos de Mauricio Lima, o texto se concentra na critica à atuação de Jair Bolsonaro. Na versão impressa, enfatiza que "O país está no rastro dos EUA em mortes por Covid. E os casos ainda estão subindo muito", podendo passar.

O tom é o mesmo em europeus como Süddeutsche Zeitung, com foto de cemitério, o título "Mentiras, enganações e muitas mortes" e a pergunta: "Quem é o culpado?".

GENERAIS TAMBÉM

Já o Washington Post publica artigo do jornalista e escritor Mac Margolis, "O que mantém Bolsonaro? Pergunte aos generais":

"Bolsonaro tocou os generais como uma corneta. Enquanto se atrapalhava com a pandemia, continuou adicionando dragonas a seu círculo íntimo. Falava de 'minhas Forças Armadas' e ordenava aos ministros militares que se opusessem às medidas de distanciamento e às máscaras. O ex-ministro Eduardo Pazuello, general da ativa, viu as mortes subirem de 15 mil para 283 mil em seus quase 11 meses. As loucuras de Pazuello —empurrar hidroxicoloroquina e outras curas charlatanescas, atrasar o envio de oxigênio para pacientes que sufocavam— viraram uma atração da CPI televisionada."

Margolis propõe então, diante da queda na estima dos militares:

"Os brasileiros têm a oportunidade de repensar as Forças Armadas, eliminar seu papel desfigurante como damas de companhia da ordem democrática. Soldados pertencem ao quartel, não ao palácio. Esse é um problema que o impeachment não pode resolver."

EXPECTATIVA DE VIDA

Ao fundo, ainda nesta terça, a revista cientifíca Nature publica o estudo "Redução na expectativa de vida no Brasil depois da Covid-19", em que Marcia C. Castro e outros cinco autores escrevem:

"Estimamos um declínio da expectativa de vida ao nascer, em 2020, de 1,3 ano, colocando o Brasil de volta aos níveis de 2012. O declínio foi maior para os homens, ampliando em 9,1%."

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