A Polícia Federal aposta em um pedido de cooperação jurídica internacional enviado ao Canadá para avançar na parte da investigação dos atos antidemocráticos que envolve o influenciador bolsonarista Allan dos Santos, que atualmente mora nos Estados Unidos.

Embora a Procuradoria-Geral da República tenha reiterado nesta quinta-feira (17) o pedido para arquivar o inquérito sobre pessoas com foro, o caso de Santos vai continuar na 1ª instância.

A solicitação de auxílio quer informações da BroadbandTV Corporation sobre valores de monetização recebidos no exterior por páginas ligadas a Santos e seu site, o Terça Livre. A empresa canadense não é investigada, mas como foi intermediária das transações, tem acesso aos dados.

A cooperação foi solicitada em julho de 2020 e o pedido reforçado no início de 2021, mas até o momento não houve resposta. Os investigadores querem entender se os valores pagos no exterior, posteriormente, retornaram ao Brasil para as contas do bolsonarista ou se financiaram alguma ação relacionada aos atos antidemocráticos.

Allan dos Santos aparece na investigação dos atos antidemocráticos como uma pessoa com acesso direto a integrantes da equipe de comunicação do Palácio do Planalto. Após entrar na mira da PF, o jornalista deixou o Brasil rumo aos Estados Unidos.