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Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant

Cunha promete mandato diferente e faz autocrítica sobre rompimento com Dilma

Candidato em SP a novo mandato, ex-presidente da Câmara enfrenta problemas judiciais para concorrer

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Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha promete uma campanha e um mandato diferentes caso seja eleito deputado federal, agora pelo PTB de São Paulo.

Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados - Joel Rodrigues/Xinhua

"Pretendo fazer uma campanha baseada na grande política, em cima do antipetismo, que é muito forte em São Paulo. E se for eleito, vou exercer um mandato mais previsível, seja na base de Bolsonaro ou na oposição ao Lula, sem muito espaço entre essas duas possibilidades", afirma ele, que foi cassado pela Câmara em 2016 e acabou sendo preso pela Lava Jato, ficando em regime fechado durante quatro anos.

O mote do antipetismo fica claro em vídeo de sua campanha.

Cunha afirma ter uma relação antiga com São Paulo, incluindo o fato de ter filhos morando no estado. Sair do Rio também possibilita que não fique refém de prefeitos e outros interesses paroquiais, justifica.

Solto desde março de 2020, Cunha enfrenta problemas judiciais na eleição. Em 18 de agosto, o presidente do STF, Luiz Fux, cassou liminar dada pelo TRF-1 que suspendia os efeitos da cassação de seu mandato e o liberava para concorrer.

O ex-deputado afirma que a decisão do ministro não impacta no registro de sua candidatura, cujo pedido de registro já foi feito. Poderia, segundo ele, haver alguma consequência após a eleição, com pedido de impugnação do diploma expedido pelo TSE, caso saia vitorioso nas urnas. "Se isso acontecer, vamos esgotar todas as possibilidades jurídicas", diz.

Cunha segue refutando as acusações de corrupção e afirma que sua prisão se deve ao mesmo processo da criminalização da política que afetou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Fui vítima do Moro, que precisava justificar a prisão do Lula mostrando que também estava prendendo inimigos dele, para passar uma certa imagem de equilíbrio", afirma.

Artífice do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, Cunha afirma que não se arrepende de seu papel naquele episódio, mas faz uma autocrítica pontual sobre sua relação com o Executivo.

"Não me arrependo de ter aberto o impeachment, mas sim de ter anunciado meu rompimento com o governo tão abertamente. Eu não precisava ter dito aquilo daquela maneira, era desnecessário. Só acirrou a polarização e trouxe briga sem necessidade", afirma ele.

Evangélico, Cunha diz que segue defendendo as pautas conservadoras que caracterizaram sua vida política, como temas pró-vida e família. Mas afirma que não pretende pedir votos em igrejas, até porque muitas delas já têm seus próprios candidatos.

Com a experiência de ter presidido a Câmara, o ex-deputado prevê que Arthur Lira (PP-AL) conseguirá a reeleição no comando da Casa mesmo se Lula vencer a eleição.

"Duvido que o Lula enfrente o Lira. Ele vai compor, não vai cometer o erro político que o PT cometeu no passado. Para governar, vai depender muitos que estão hoje com Bolsonaro", afirma.

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