Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Folhajus Santander

Disputa entre Santander e cervejaria Petrópolis vira caso de polícia

Banco credor será investigado no Rio de Janeiro por quebra de sigilo e difamação; cervejaria responde a ataques na Justiça

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

A cervejaria Petrópolis apresentou uma queixa-crime à Justiça contra o Santander, banco que até hoje atende a fabricante, por quebra de sigilo e difamação. A Polícia Civil do Rio de Janeiro já abriu um inquérito.

A Petrópolis está em recuperação judicial desde o fim de março com uma dívida de quase R$ 8 bilhões. O Santander é um dos maiores credores (R$ 450 milhões) e continua, por força judicial, atendendo a cervejaria. É o banco que opera, por exemplo, os pagamentos de salários.

Logo do Santander - REUTERS

Quem leu a petição afirma que a Petrópolis acusa o Santander de usar dados sigilosos de suas movimentações financeiras —realizadas pelo próprio banco— para sustentar acusações de fraudes contra credores da RJ, inclusive o banco.

O banco afirma que essas movimentações financeiras ocorridas dois meses antes do pedido de recuperação judicial comprovariam um golpe do controlador da Petrópolis, Walter Faria, para desviar bens da empresa.

Ambos travam uma disputa aguerrida na Justiça.

Nos bastidores, representantes da Petrópolis afirmam que foram forçados a entrar em RJ devido ao Santander, que impôs o vencimento de três linhas de crédito em condições consideradas abusivas. A troca das três por uma única dívida exigiria um prêmio de risco de R$ 11 milhões, só para que o contrato fosse assinado.

Sem chance de aderir a esse acordo e já sem caixa de curto prazo, a cervejaria protocolou o pedido de recuperação.

O banco nega ter provocado a RJ. Em contestação às acusações da cervejaria, a instituição disse à Justiça ter sido surpreendida pelo pedido de recuperação em meio à renegociação de dívidas da Petrópolis.

Sobre a queixa-crime, o Santander não quis comentar porque não foi notificado sobre a queixa.

A Petrópolis não quis comentar.

Com Diego Felix

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas