Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Megaleilão de energia vira tábua de salvação para Odebrecht
Governo planeja linhas de transmissão que custarão R$ 40 bilhões e empreiteira alvo da Lava Jato é uma única com capacidade para a obra
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A Novonor (ex-Odebrecht) pode ter uma segunda chance com o governo do PT caso o Ministério de Minas e Energia leve adiante o megaleilão para construir linhas de transmissão neste ano.
Nos bastidores, a empreiteira é apontada pelo governo como a única com balanço e experiência suficientes para conduzir a obra de engenharia, que consumirá investimentos privados da ordem de R$ 40 bilhões.
Avalia-se, inclusive, a possibilidade de que a companhia possa ter acesso a financiamentos do BNDES.
Se isso ocorrer, será uma injeção de ânimo na empresa, principal envolvida no esquema de corrupção em contratos públicos investigados pela operação Lava Jato.
O problema, segundo assessores ministeriais, é que poucas construtoras sobreviveram à operação. As empreiteiras de pequeno e médio portes não conseguem viabilizar a obra com seguros e financiamentos porque seu faturamento não é suficiente.
O primeiro megaleilão programado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) está marcado para 30 de junho na B3. Englobará nove lotes que totalizam pouco mais de 6.000 quilômetros de novas linhas de transmissão.
As empresas que ganharem terão de arcar com os investimentos. Para isso, será necessário contratar empreiteiras de grande porte.
A ideia do governo é ampliar o escoamento de energia gerada no Nordeste para o Sudeste. Os lotes envolvem linhas que passam por Bahia, Sergipe, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
O segundo leilão ainda está em consulta pública e a previsão é de que ocorra em outubro. Os investimentos são da ordem de R$ 20 bilhões para mais 4,.500 quilômetros de linhas em Goiás, Tocantins, Maranhão, São Paulo e Minas Gerais.
O terceiro certame, ainda em estudo, deve exigir investimentos de R$ 15 bilhões.
Com Diego Felix
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