Siga a folha

Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues, é membro da Academia Brasileira de Letras.

Descrição de chapéu CPI da Covid

Vem aí a mamata Bolsonaro

Agora saberemos por que ele fez de seu governo um segredo de Estado por 100 anos

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

O governo Lula está a ponto de derrubar uma saraivada de sigilos de 100 anos impostos pelo governo Bolsonaro. Quando vierem a público os fatos que Bolsonaro precisou esconder, as reações são previsíveis. Da maioria, um estupor geral —nem nós imaginávamos a que extremos se chegou em corrupção e mentira. E, de muitos papalvos que levaram quatro anos acreditando em tudo o que ele dizia, uma queda das nuvens. Descobrirão que Bolsonaro tinha razão ao fazer de seu governo um segredo de Estado. Nenhum governo sobreviveria a tal abominação posta a nu.

Qual sigilo quebrado será mais chocante para os bocós dos cercadinhos? Uma possibilidade é o cartão de vacinação de Bolsonaro. Imagine se, depois de ouvi-lo negar mil vezes a vacina, adiar a compra dela por meses e sabotar a vacinação sugerindo que ela os faria virar jacaré ou contrair HIV, seus seguidores descobrirem que Bolsonaro vacinou-se em segredo e sempre esteve protegido para circular sem máscara? Como reagirão os infelizes que, fiéis a ele, não vacinaram a si nem a seus pais e estes morreram de Covid?

Outra quebra fascinante dirá respeito ao sinistro cortejo clandestino ao Planalto de capangas de toga, pastores corruptos e valentões bombados para se encontrar com Bolsonaro ou seus filhos. Estes, por sua vez, renderão quebras de sigilo em penca, a começar pelos contorcionismos legais para corromper juízes e impedi-los de mandar o 01 para as grades pelas "rachadinhas".

O grande favorito, claro, é o caso de Eduardo Pazuello, o general office-boy de Bolsonaro, pivô de duas façanhas insuperáveis: desmontou o Ministério da Saúde e desmoralizou as Forças Armadas.

Quanto a mim, espero ansioso pelas informações sobre os gordos financiamentos da Caixa Econômica aos cantores sertanejos e demais artistas da admiração de Bolsonaro. De posse delas, saberemos enfim o significado real da palavra mamata.

Em abril de 2021, já ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello circulava sem máscara em um shopping de Manaus - @JaquelineBastos no Instagram

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas