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A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Andamento das lavouras gaúchas indicam bom volume de produção

Para Emater/RS, safra do ano poderá render 35 milhões de toneladas, 45% a mais

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O Rio Grande do Sul, após a série de dificuldades vividas nos últimos anos, apresenta uma safra cheia em 2024. "Os números são de dar brilho nos olhos", disse Claudinei Baldissera, diretor técnico da Emater/RS, ao apresentar os dados da safra nesta terça-feira (5).

Quando falou em brilho nos olhos ele se referia à soja, que obterá safra recorde no estado, mas os números das demais culturas também registram boa recuperação, em relação a 2022/23.

Ao contrário do que ocorreu nas demais regiões do país, o clima não foi tão cruel com o Rio Grande do Sul, embora o estado também tenha sofrido com as condições climáticas, mas com menor intensidade.

A primeira estimativa de safra da Emater para os principais produtos do estado (arroz, feijão, milho e soja) era de uma safra de 36,1 milhões de toneladas em 2023/24. Na avaliação desta terça-feira, a previsão aponta para 35 milhões, uma redução de 3%.

Mesmo com essa quebra, em relação à previsão inicial, a produção deste ano supera em 45% a de 2022/23, se os dados forem confirmados.

Baldissera diz que as lavouras ainda estão em desenvolvimento, mas com bom encaminhamento. Sempre ficam, no entanto, as preocupações com o desempenho final.

A cultura de trigo teve uma boa evolução no ano passado, mas as chuvas no período de colheita afetaram o desempenho final da lavoura.

A produção gaúcha de arroz, um produto escasso no país no ano passado, fica em 7,5 milhões de toneladas, superando em 4% o volume anterior. O aumento ocorre devido à retomada da área de cultivo, que cresceu 7%.

Produção de arroz orgânico em assentamento do MST em Viamão (RS) - Marcos Nagelstein/Folhapress

Os gaúchos vão abastecer melhor também o mercado de feijão. A primeira safra, embora tenha tido uma redução de área de 11%, vai render 48,5 mil toneladas, 19% a mais do que a de 2022. O aumento de 34% na produtividade compensou a queda de área.

A segunda safra da leguminosa também deverá ser melhor neste ano do que no anterior, segundo estimativas da Emater, feitas com base na média de produção dos últimos dez anos.

A área cresce 5%; a produtividade, 5%, e a produção sobe para 31 mil toneladas, 9% a mais.

A safra de milho, de grande importância para o estado, devido à produção de proteínas, sobe para 5,2 milhões de toneladas, 32% a mais do que na anterior.

Com incertezas sobre clima, preços do cereal e custos de produção, os agricultores reduziram a área de milho em 1%, mas a produtividade foi 32% maior no período.

A soja, cultivada em 98% dos municípios gaúchos, perde pouco volume de produção em relação às estimativas iniciais e deverá atingir 22,2 milhões de toneladas.

Com esse volume, o estado obterá a segunda maior safra do país, acima da do Paraná e abaixo apenas da de Mato Grosso.

Sem as interferências desastrosas do clima como as ocorridas em safras anteriores, a produtividade da soja deste ano aumenta 71% no Rio Grande do Sul, e a produção, 72%.

Erechim e Passo Fundo devem atingir 3.800 kg de soja por hectare. A média do estado é de 3.339.

Passo Fundo e Caxias do Sul lideram na produtividade de milho, com volume próximo a 8.000 kg por hectare. A produtividade média do cereal será de 6.401 kg no estado, segundo a Emater.

Clima Ao contrário do que ocorre no Rio Grande do Sul, o Paraná sofre os efeitos do clima. Após uma safra de 41,5 milhões de toneladas de grãos em 2022/23, sem incluir trigo, aveia, cevada e outras culturas de inverno nesse volume, os paranaenses deverão produzir 36,6 milhões no mesmo período de 2024.

Clima 2 Na safra de verão, a produção de soja recua 19% no estado, para 18,2 milhões de toneladas, enquanto a de milho cai 33%, para 2,6 milhões, segundo dados do Deral (Departamento de Economia Rural).

Feijão A produção da leguminosa sobe no Paraná no saldo das duas primeiras safras. Na primeira, cai para 167 mil toneladas, mas aumenta para 691 mil na segunda.

Milho A produção da safrinha está prevista em 14,6 milhões de toneladas, 3% a mais do que em 2023. A área e a produtividade sobem 1%, segundo o Deral.

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