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Quadrilha armada com fuzis explode caixas eletrônicos na zona sul do Rio

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Uma quadrilha armada com fuzis explodiu caixas eletrônicos de uma agência do banco Santander na madrugada deste sábado (6), em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.

O crime ocorreu por volta das 2h30, na Rua da Passagem, segundo informações da polícia militar. Parte do grupo parou o trânsito e chegou a realizar disparos para ameaçar os motoristas que passavam pelo local enquanto a explosão ocorreu. Nenhum criminoso foi preso.

Em dois dias, essa é a segunda agência bancária do Santander destruída no estado por bandidos. Na madrugada de sexta-feira (5), uma unidade de Duque de Caxias foi alvo de criminosos, e também não houve prisões.

CRISE GENERALIZADA

O Rio enfrenta uma grave crise financeira, com cortes de serviços e atrasos de salários de servidores, e está perto de um colapso na segurança pública.

Um outro efeito dessa crise tem sido o aumento dos índices de criminalidade e a redução do número de policiais em favelas ocupadas por facções criminosas. As UPPs, base policiais em comunidades controladas pelo tráfico, perderam não apenas seu efetivo, mas a confiança dos moradores. Para a maioria, elas não melhoraram a segurança da cidade (62%), das comunidades com UPPs (57%) nem os seus entornos (56%). Para 70% dos moradores, esse modelo precisa de mudanças.

Nos últimos meses, têm sido rotina mortos e feridos por bala perdida, além de motoristas obrigados a descer de seus carros para se proteger dos tiros –24% dos moradores dizem ter tido algum amigo ou parente vítima de arma de fogo nas últimas semanas.

POLICIAIS

Outro braço dessa crise é a morte de policiais. Só no ano passado foram 134 PMs assassinados no Estado. A situação de insegurança também levou o presidente Michel Temer (PMDB) autorizar o uso das Forças Armadas para fazer a segurança pública do Rio até o final do ano que vem.

Segundo o Datafolha, 83% dos moradores do Rio são favoráveis à atuação dos militares no combate à violência local, e 15% são contrários. Sobre a eficácia, 52% dizem que a presença do Exército não mudou em nada a realidade local –44% afirmam que melhorou, e 2%, que piorou.

A sensação de desconfiança dos cariocas também pesa contra os policiais militares. O morador tem mais medo (67%) do que confia (31%) neles. No entanto, quando os entrevistados são questionados sobre a Polícia Civil e o Bope, braço da PM que inspirou o filme Tropa de Elite, a tendência se inverte e a confiança se torna maior que o medo.

O Datafolha também quis saber de quem os moradores do Rio têm mais medo. Entre as opções no questionário, 49% disseram bandidos, 23% polícia e outros 23% ambos na mesma proporção. Só 2% responderam não ter medo de nenhum deles. O temor da polícia cresce a 28% entre os mais pobres (até dois salários mínimos de renda familiar mensal) e os mais jovens (16 a 24 anos).

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