Governo prevê lama de Brumadinho no São Francisco na metade de fevereiro
Informação consta em boletim de monitoramento divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil
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A lama com os rejeitos de minério de ferro da barragem da Vale que rompeu na última sexta-feira (25) em Brumadinho deve chegar à usina hidrelétrica de Três Marias, no rio São Francisco, entre os dias 15 e 20 de fevereiro.
A previsão consta num boletim de monitoramento do rio Paraopeba divulgado nesta segunda (28) pelo CPRM (Serviço Geológico do Brasil), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
O rio Paraopeba, que passa por Brumadinho e carrega a lama com os rejeitos, é um dos principais afluentes do São Francisco.
Antes de chegar à Três Marias, usina administrada pela Cemig, a lama, que se desloca a 1 km/h, deve passar pela região de São José da Varginha nesta terça (29) e pela hidrelétrica de Retiro Baixo, operada por Furnas, entre 5 e 10 de fevereiro.
É a primeira vez que a informação de que a lama chegará ao São Francisco, que se baseia nas condições verificadas pelos pesquisadores no final da manhã desta segunda, é divulgada por um órgão governamental. As previsões serão atualizadas diariamente.
No domingo (27) o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, chegou a afirmar que a probabilidade da lama alcançar o São Francisco era reduzida.
Segundo ele, a expectativa era que a chegada dos rejeitos à usina de Retiro Baixo amortecesse o escoamento da lama.
Furnas, que chegou a interromper as atividades em Retiro Baixo na sexta e as retomou no dia seguinte, informa que a Retiro Baixo está avaliando o deslocamento e a densidade da lama que segue em direção à usina e que não há risco estrutural para a barragem.
Além disso, informa que seus técnicos ainda estão fazendo cálculos, considerando diversos cenários possíveis da chegada da lama ao local, para determinar quais padrões operativos seguir visando a segurança das pessoas, do meio ambiente e dos equipamentos.
Até a manhã desta segunda-feira, 60 corpos haviam sido encontrados. Desses, 19 já foram identificados, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais. Ainda há 292 desaparecidos.
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