Siga a folha

Descrição de chapéu Rio de Janeiro feminicídio

Engenheiro é denunciado por homicídio quintuplamente qualificado contra juíza

Feminicídio ocorreu na véspera de Natal em frente às três filhas do casal; Promotoria afirma que motivação financeira também influenciou no crime

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro

O engenheiro Paulo José Arronenzi foi denunciado nesta quarta-feira (30) por homicídio quintuplamente qualificado contra a sua ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. Ela foi morta na véspera do Natal a facadas na frente das três filhas do casal.

A 2ª Promotoria de Justiça junto ao 3º Tribunal do Júri considerou cinco fatos que agravam o crime cometido pelo engenheiro.

Agravaram a acusação contra o engenheiro:

  1. o fato de ter sido um feminicídio, executado contra sua ex-esposa,
  2. praticado na presença de três crianças (uma de 10 e outras duas de 7 anos),
  3. cometido sem possibilidade de defesa da vítima, “atacada de surpresa quando descia do carro enquanto levava as filhas ao encontro do denunciado”,
  4. executado por meio cruel, com múltiplas facadas no corpo e no rosto da ex-juíza, e
  5. planejado em razão das consequências financeiras provocadas pela separação ao acusado.
Juíza Viviane Vieira Arronenzi foi morta a facadas pelo ex-marido na véspera de natal - Arquivo Pessoal

As qualificadoras são atribuídas para aumento de pena em caso de condenação pelo Tribunal do Júri.

Os problemas financeiros de Paulo foram relatados por uma testemunha, segundo a denúncia. Ela afirmou que o acusado estava há cerca de seis anos desempregado e dependia financeiramente da ex-esposa.

O crime ocorreu na frente das três filhas pequenas do casal e à luz do dia, em uma das avenidas mais movimentadas da Barra da Tijuca. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver momento do crime e ouvir as crianças gritarem em desespero.

Laudo da Polícia Civil mostrou que Viviane sofreu 16 cortes e perfurações a faca, parte na cabeça.

Segundo os peritos, Viviane morreu imediatamente após um corte na jugular, impossibilitando o socorro. Também há ferimentos na sua mão esquerda, o que indica que ela pode ter tentado se defender, e nas suas costas, mas pelo exame não é possível afirmar se ocorreram antes ou depois de ela cair.

O laudo ainda mostra que o corpo trazia equimoses (manchas roxas na pele) e escoriações nas costas e no ombro esquerdo, sugerindo que talvez ela tenha sido arrastada pela calçada. Viviane foi cremada na manhã de sábado (26) após um breve velório no Cemitério da Penitência, no Caju, zona portuária do Rio.

O ex-marido foi detido por guardas municipais que estavam no local e não ofereceu resistência. Ele foi encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca. No local, não quis se manifestar.

A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi integrava a magistratura do Rio havia 15 anos. Atualmente, trabalhava na 24ª Vara Cível da Capital. Antes, na 16ª Vara de Fazenda Pública. ​

Ela chegou a ter escolta policial concedida pelo Tribunal de Justiça do RJ após ameaças do ex-marido, mas posteriormente assinou um termo dispensando a proteção.

Uma ex-namorada de Paulo José Arronenzi também já havia feito registro contra ele em 2007, porque estaria sendo importunada após o fim do relacionamento.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas