Mortes: De humor refinado, foi cientista, professora e mãe dos amigos dos filhos
Eneida Pereira dos Santos de Aguiar se formou na USP e trabalhou no Butantan e no Adolfo Lutz
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Quando Eneida tinha poucos dias de vida, sua família deixou a capital paulista rumo a Mococa (SP) para morar na fazenda de café de seu pai, Venerando Pereira dos Santos. Lá ela foi educada para cuidar do local e aprendeu tudo sobre o grão.
Seguiu carreira na área da ciência, quando foi aprovada no hoje extinto curso de história natural da USP —em 1957 um ramo do curso foi separado e denominado geologia e, em 1963, assumiu a atual denominação de ciências biológicas. Na mesma instituição, ela fez mestrado e doutorado.
Eneida trabalhou no Instituto Butantan. Após o casamento com Octahydes Mário Costacurta de Aguiar, retornou a Ribeirão Preto (SP), para onde a família tinha se mudado com a venda da fazenda de café, e ingressou no Instituto Adolfo Lutz.
Conquistou prestígio também como professora. Passou pela Escola Estadual Alberto Santos Dumont, onde montou um clube de biologia, pelo Centro Universitário Barão de Mauá, onde montou o curso de biologia, e pela Universidade de Ribeirão Preto.
Ela também fez parte do Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal) e ministrava o curso de biologia marinha no Cebimar (Centro de Biologia Marinha) da USP em São Sebastião (SP).
“A palavra descansar não fazia parte de seu vocabulário. Ela se aposentou aos 78 anos de idade, mas continuou ativa”, diz um de seus filhos, o engenheiro e professor do Instituto Federal de São Paulo, Paulo Marcos de Aguiar, 48.
Ela gostava de praia, festas e eventos. Tinha um humor refinado, um belo sorriso e era a mãe carinhosa que abria as portas de casa para os amigos dos filhos. “Eles a consideravam um pouco sua mãe também”, diz Paulo.
Eneida Pereira dos Santos de Aguiar morreu dia 14 de julho, aos 82 anos, em decorrência de pneumonia. Viúva, deixa três filhos, duas netas e duas noras.
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