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Polícia Federal faz operação para retirar madeireiros de terra indígena em Rondônia

Ação com Ibama e Funai mira estrutura de exploração ilegal de madeira

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São Paulo

A Polícia Federal, o Ibama e a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) iniciaram nesta quinta (11) uma operação na Terra Indígena Karipuna, em Rondônia, para retirar invasores envolvidos com desmatamento e extração ilegal de madeira.

A ação desta manhã se concentrou nos 12 maiores pontos de alerta dentro da terra indígena, e 20 madeireiras foram alvo por fraudarem emissões de crédito no Sistema de Documento de Origem Florestal, diz a PF.

Segundo a polícia, o esquema é usado para "esquentar" a origem dos produtos florestais que são comercializados ilegalmente, ou seja, dar aparência de legalidade por meio de laranjas e planos de manejo fraudulentos.

Agentes da Polícia Federal, do Ibama e da Funai começam operação para expulsar madeireiros da TI Karipuna (RO) - Divulgação/Polícia Federal

O objetivo da operação é identificar pessoas envolvidas nas atividades de grilagem e de extração ilegal de madeira e destruir maquinário e pontes usadas pelos criminosos para acessar a Terra Indígena Karipuna.

Os responsáveis pelos equipamentos serão levados à sede da PF em Rondônia. Segundo a corporação, a região tem sido monitorada desde o início do ano.

A Polícia Federal destinou 80 agentes para a ação, e também participaram 10 servidores do Ibama, que cedeu um helicóptero, e um da Funai.

Segundo a liderança Adriano Karipuna, os crimes, que também envolvem pesca predatória, são denunciados desde 2017.

"Sabemos que é muito difícil recompor florestas que foram destruídas. Já fiz pronunciamento na ONU em Nova York e em Genebra, e fiz essa denúncia do desmatamento no Vaticano, durante o Sínodo da Amazônia."

Adriano diz que há indígenas isolados na terra indígena, que tem 153 mil hectares, e que a pesca predatória no rio Jaci-Paraná é mais uma ameaça a esse grupo.

Pressionados por grileiros e madeireiros, os karipuna têm dificuldades de recompor sua população após quase serem exterminados. Hoje, há menos de cem pessoas vivendo no território.

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