Suspeitos em fuga se alimentam de milho e usam sacos nos pés para despistar policiais no Tocantins
Operação Canguçu, contra suspeitos de roubo do 'novo cangaço', já dura 27 dias e soma 15 mortos
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A Operação Canguçu, força-tarefa que busca capturar assaltantes que atacaram uma empresa de transporte de dinheiro de Mato Grosso, já dura 29 dias e ganha detalhes pitorescos conforme os suspeitos se embrenham no interior do Tocantins.
Nesta segunda-feira (8), os policiais encontraram restos de espigas de milho e de sal próximos à rodovia TO-080, indicando que os criminosos estão se alimentando das lavouras da região de Pium (TO), a cerca de 180 quilômetros da capital Palmas.
No último dia 2, um dos suspeitos que morreu em confronto com a polícia vestia sacos de estopa nos pés, possivelmente para não deixar pegadas pelo caminho.
Ao longo da operação, que mobilizou mais de 300 agentes de cinco estados –Mato Grosso, Tocantins, Pará, Minas Gerais e Goiás–, 15 suspeitos foram mortos e quatro, capturados. Na madrugada do dia 2, em confrontos diferentes, morreram os últimos dois suspeitos.
A força-tarefa teve início quando um grupo com cerca de 20 pessoas tentou roubar a empresa Brinks, de transporte de valores, em Confresa (MT), em 9 de abril, em uma modalidade de ataque que ficou conhecida como "novo cangaço".
Isto é, quando um grupo fortemente armado ataca instituições financeiras para roubá-las em cidades pequenas do interior do país, intimidando moradores e autoridades.
O grupo também atacou o quartel da Polícia Militar e uma viatura do Corpo dos Bombeiros. As cenas de pânico foram registradas em vídeo pelos moradores. Os criminosos tentaram invadir a Brinks explodindo um dos muros, mas não conseguiram acesso a nada de valor.
Com a ofensiva frustrada, eles deixaram a cidade, invadiram uma reserva indígena e foram até a margem do rio Araguaia, onde pegaram barcos para seguir em direção ao Tocantins pelas águas que circundam a região da Ilha do Bananal. Os indígenas, todavia, denunciaram a movimentação à polícia, dando início à caçada.
Em 11 de abril, dois dias depois da tentativa de assalto, a operação ganhou reforço de agentes de outros estados e auxílio de equipamentos como aeronaves e embarcações. Desde então, ocorreram confrontos em Pium, Araguacema, Caseara e Marianópolis, cidade cuja zona rural a polícia acredita ainda estarem escondidos cerca de 10 criminosos.
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